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T Ó P I C O : Boletim semanal - ano 88 - n° 41 - Escritório Carvalhaes, sexta-feira (15)

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Boletim semanal - ano 88 - n° 41 - Escritório Carvalhaes, sexta-feira (15)


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 17/10/2021 12:03:12


Leonardo Assad Aoun comentou em: 17/10/2021 12:03

 

Boletim semanal - ano 88 - n° 41 - Escritório Carvalhaes, sexta-feira (15)

 

Boletim semanal - ano 88 - n° 41

Abaixo está o último boletim publicado.

Se quiser consultar boletins anteriores, clique aqui.

Santos, sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Tivemos uma semana de fortes oscilações nas cotações do café na ICE Futures US. Os contratos para dezembro fecharam a segunda-feira com alta de 290 pontos. Na terça, feriado nacional no Brasil, passaram todo o pregão com altas fortes. Os contratos de café para dezembro próximo chegaram a trabalhar com mais de mil pontos de alta e fecharam com ganhos de 890 pontos. Na quarta-feira recuaram 450 pontos. Ontem trabalharam em alta por todo o pregão, chegaram a bater em 400 pontos de alta, e fecharam o dia com 60 pontos positivos. Hoje trabalharam em baixa e recuaram 585 pontos.

Já na segunda-feira, a notícia a respeito de cafeicultores colombianos não terem entregado aproximadamente um milhão de sacas aos exportadores na Colômbia, mexeu com o mercado. Os cafeicultores da Colômbia, o segundo maior produtor de arábica do mundo, não entregaram até 1 milhão de sacas de grãos este ano ou quase 10% da safra do país, deixando exportadores, "traders" e torrefadores enfrentando perdas acentuadas, disseram fontes da indústria à Reuters. "Os comerciantes estão ficando inadimplentes, é uma bagunça. Se a seca continuar (no Brasil), 300 centavos (por libra de café) é possível. Vai ser um caos", disse um comerciante de uma casa de comércio global de commodities agrícolas. Ele disse que os principais torrefadores globais estão planejando mudar a marca de seus cafés de "origem única na Colômbia" devido a problemas de abastecimento (fonte: agência Reuters. Veja mais informações em nosso site).

O forte recuo nos embarques brasileiros de café em setembro, divulgados na quarta-feira pelo Cecafé, trouxe mais uma preocupação para o mercado de café.

Hoje, os contratos de café na ICE em Nova Iorque abriram em alta, chegaram a US$ 2,1100 e viraram para baixa no meio da manhã. A queda foi crescendo à medida que o pregão se aproximou do encerramento. Os contratos para dezembro próximo fecharam com queda de 585 pontos e encerraram a semana valendo US$ 2,0340 por libra peso. No balanço da semana subiram 205 pontos. Na sexta-feira passada subiram 345 pontos e fecharam a US$ 2,0135 por libra peso. Todos os demais meses de vencimento de contratos na ICE, fecharam hoje acima dos US$ 2,06 por libra peso.

No mercado cambial, a forte atuação do governo hoje - que com um novo leilão de swap cambial injetou mais de US$ 1 bilhão no mercado - levou o dólar a fechar em queda de 1,12 % a RS$ 5,4540. Ontem o dólar fechou em alta de 0,15% a RS$ 5,5160. Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE fecharam hoje a R$ 1 467,44. Ontem fecharam valendo RS$ 1 526,81. Na sexta-feira passada fecharam a semana a R$ 1 469,16.

O forte sobe e desce no decorrer da semana refletiu interesses de curto prazo e liquidação de posições em Nova Iorque. Repetimos que os fundamentos não mudaram, continuam os mesmos e não devem se alterar tão cedo. Diversos agentes e operadores têm visitado as principais regiões produtoras de café no Brasil, constatando pessoalmente a extensão dos estragos. Também se conscientizam que as chuvas que começaram a cair a partir do início de outubro não estancarão instantaneamente o ciclo de perdas, e muito menos recuperarão o que já foi perdido para a safra do próximo ano. Nosso parque cafeeiro está enfraquecido e em condições difíceis.

Enfrentamos ainda sérios problemas com a falta de contêineres e espaço em navios, levando a uma alta dos fretes marítimos sem precedentes. Tivemos forte alta nos principais insumos para a produção de café. Energia elétrica, combustíveis, fertilizantes, tratores e maquinários, estão subindo com força. A perda de controle do governo sobre a inflação brasileira, já leva os cafeicultores a trabalharem com o cálculo de alta significativa nos custos de colheita em 2022.

Em meio a muita oscilação, a crescente percepção do quadro acima está levando os contratos de café na ICE a um novo patamar de preços.

Continua a escassez de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. O mercado físico do conilon está firme, comprador. Cresce a porcentagem de conilon nas ligas de consumo interno.

No mercado físico brasileiro, os compradores melhoraram suas ofertas no mercado físico de café ao longo da semana, corrigindo os preços com mais força. Saíram negócios, mas continuam bem abaixo da média para este período do ano safra brasileiro. O produtor de café permanece vendendo apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir os compromissos mais próximos.

Em nossa opinião a chegada das chuvas não mudará o comportamento dos cafeicultores no mercado de café.

Até dia 15, os embarques de outubro estavam em 832.828 sacas de café arábica, 61.061 sacas de café conillon, mais 61.575 sacas de café solúvel, totalizando 955.464 sacas embarcadas, contra 840.237 sacas no mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 15 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 1.274.091 sacas, contra 1.185.585 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 8, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 15, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 205 pontos ou US$ 2,71 (R$ 14,78) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 8 a R$ 1.469,16 por saca, e hoje dia 15 a R$ 1.467,44. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 585 pontos.

Escritório Carvalhaes

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