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T Ó P I C O : ES lidera produção nacional de café conilon com 70% do total

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ES lidera produção nacional de café conilon com 70% do total


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 04/10/2024 13:01:27


Leonardo Assad Aoun comentou em: 04/10/2024 13:05

 

ES lidera produção nacional de café conilon com 70% do total

 

Colheita de café conilon. Cerca de 50 mil propriedades no estado cultivam este tipo de café

Colheita de café conilon. Cerca de 50 mil propriedades no estado cultivam este tipo de café

Segundo a Seag, o café conilon está em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas, representando mais de 86% do volume exportado do complexo cafeeiro do ES

Por Kebim Tamanini

Até 2022, a celulose reinava como o principal produto de exportação do agronegócio capixaba. No entanto, o cenário mudou desde o ano passado, com o complexo cafeeiro assumindo a liderança. Nos primeiros seis meses de 2024, aproximadamente 3,8 milhões de sacas de café conilon foram exportadas, sendo 3,5 milhões de sacas de café cru em grãos e 296,5 mil equivalentes em solúvel. Esses números consolidam o Espírito Santo como o maior produtor de café conilon do Brasil, responsável por cerca de 70% da produção nacional.

Além do conilon, o estado também comercializou 258,5 mil sacas de café arábica, totalizando quatro milhões de sacas de café exportadas no primeiro semestre. Essa performance notável permitiu que o Espírito Santo superasse o estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, ocupando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

“O complexo cafeeiro é o grande destaque das exportações do agronegócio, consolidando o principal arranjo produtivo agrícola como o primeiro em geração de divisas, superando em muito as exportações de celulose”, confirma o secretário de Estado da Agricultura (Seag), Enio Bergoli.

De acordo com a Seag, o café conilon está presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas, representando mais de 86% do volume exportado do complexo cafeeiro do Espírito Santo. No acumulado do ano, cerca de 95% de todo o café conilon exportado pelo Brasil teve origem capixaba, aponta a pasta.

No entanto, mesmo com números positivos, a safra de 2024 enfrentou desafios significativos. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) relatou que o fenômeno climático El Niño, com suas altas temperaturas, afetou o desenvolvimento do fruto do café, resultando em uma quebra de produção em torno de 30%.

“Nossa safra poderia ter sido melhor, não fosse essa bolha de calor que tivemos no período de desenvolvimento do fruto. Tivemos uma quebra em torno de 30%. E também tivemos a cochonilha da roseta, uma praga que afetou a produtividade do conilon”, explica Fabiano Tristão, coordenador estadual de cafeicultura do Incaper.

Perspectivas de mercado

café_exportações_es_ueO volume de café embarcado para os 26 países da UE representa 42,7% do total vendido pelo Estado ao exterior – Foto por: Marcello Casal Jr. – Agencia Brasil

Apesar das adversidades climáticas e da redução na produtividade, o mercado do café conilon está otimista. Com base em informações do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), o preço da saca de conilon, acima de R$ 1.240, é considerado excelente. Essa valorização é impulsionada pelos problemas enfrentados pelo Vietnã, maior produtor mundial de conilon, que sofre com seca e dificuldades logísticas.

“As expectativas são boas para que se mantenha o preço elevado, pois os estoques mundiais estão baixos e a situação no Vietnã não se resolve facilmente. A tendência é manter um preço bom ao longo da safra”, avalia Tristão. Enquanto isso, o café arábica tem preços variando de R$ 1.150 a R$ 1.350 a saca, com base nos dados do CCCV. Embora não sejam preços excelentes, são considerados razoáveis.

No Espírito Santo, 75% da área de cultivo do conilon localizam-se na região norte do estado, com os 25% restantes no sul, em municípios como Cachoeiro, Castelo e Alegre. O arábica é predominantemente cultivado nas regiões de montanhas e do Caparaó, com apenas 8% da produção no noroeste, em Mantenópolis.

*Matéria publicada originalmente na revista ES Brasil 223, de setembro de 2024. Leia a edição completa sobre o Agronegócio Capixaba aqui

Fonte: ES Brasil

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