T Ó P I C O : Advogado vira padeiro, abre 3 cafés e espera faturar R$ 6,5 milhões em 2022
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Advogado vira padeiro, abre 3 cafés e espera faturar R$ 6,5 milhões em 2022
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 20/09/2022 15:00:05
Leonardo Assad Aoun comentou em: 20/09/2022 14:49
Advogado vira padeiro, abre 3 cafés e espera faturar R$ 6,5 milhões em 2022
Quarta unidade do MUG.sp deve ser inaugurada até dezembro em um casarão no bairro Santa Cecília. Mais três lojas estão previstas para 2023
Insatisfeito com uma profissão que já não rendia o esperado, o advogado Fabian Daltoé decidiu tirar o paletó e pôr o avental para se jogar no empreendedorismo como padeiro. A atividade já era um hobby nas horas vagas, mas virou o seu projeto principal. Focado no nicho de brunch, ele abriu o primeiro MUG.sp em São Paulo nos últimos meses de 2019. Mesmo atravessado por uma pandemia, viu o café crescer de tal forma que, em menos de três anos, abriu duas filiais. Os planos agora são tirar outra loja do forno ainda em 2022 e abrir pelo menos outras três no ano que vem.
Advogado Fabian Daltoé virou padeiro e abriu café em São Paulo (Foto: Divulgação/MUG.sp)
“Fui advogado por nove anos, mas estava um pouco insatisfeito com a profissão”, diz Daltoé. “Eu já fazia pão de fermentação natural em casa aos finais de semana, nos dias de folga e no home office. Quando saí do último escritório onde estava, tive a ideia de abrir uma padaria, com café e algumas sobremesas de que eu também já tinha receita ou de que gostava de comer nos lugares.”
A ideia de focar em brunch nasceu após uma viagem para a Europa, ocasião em que o empreendedor notou uma tendência do nicho gastronômico, cujo cardápio mistura café da manhã e almoço. “Esse modelo meio híbrido eu não conhecia no Brasil. Embora hoje possam ter outros, ainda acho que o MUG tem algum elemento diferente que eu não vejo em outros lugares”, defende o empreendedor. “Eu sempre tive a proposta de ser um brunch for all [para todos], tanto que os nossos preços são bem democráticos”, adiciona.
Com investimento inicial de R$ 400 mil, Daltoé reformou um casarão no bairro Jardim Paulista. A inauguração aconteceu no final de outubro de 2019. Além do empreendedor, que assumia a cozinha em todas frentes, mais três funcionários trabalhavam no local.
Durante a pandemia, ele adaptou o cardápio para o delivery e também realizava retirada de pedidos no balcão. Com o retorno das atividades após o relaxamento das medidas de isolamento social, houve um crescimento orgânico. O fato de quase 80% dos lugares da casa ficarem ao ar livre ajudou nesse movimento, além da popularização do home office, que deu ares de coworking ao café.
Com a consolidação da marca, Daltoé recebeu o primeiro convite para abrir uma filial. Inaugurada em fevereiro deste ano, a segunda loja fica em um casarão nos Jardins e já fatura o mesmo valor que a matriz, em torno de R$ 350 mil por mês. A localização, próxima a um prédio comercial e em um espaço onde havia outro café, ajudou na rápida consolidação da operação.
“Quando recebi a oferta, confesso que fiquei meio abalado. Na época, ficava muito na operação da primeira unidade. Eu morava em cima da loja, então passava o dia inteiro aqui e tinha um pouco de medo de ser precipitado. Mas consegui promover uma das meninas que estava comigo a gerente. Foi isso que me deu mais segurança para começar essa expansão”, explica Daltoé.
Em agosto, o empresário tirou mais MUG.sp do forno. O empreendimento passou a ocupar o hall que ficava ocioso em um prédio comercial na avenida Paulista. Assim como a segunda unidade, a terceira saiu do papel a partir do convite de amigos-clientes, que queriam levar a marca para o imóvel que administravam. A nova filial faturou R$ 100 mil em um mês de casa aberta.
Terceira unidade do MUG.sp, fica na avenida Paulista e faturou R$ 100 mil no primeiro mês de operação (Foto: Divulgação/MUG.sp)
Com as três casas em operação, o MUG.sp deve fechar 2022 com faturamento anual de R$ 6,5 milhões. Mas a meta pode ser superada, já que a quarta filial, em fase de projeto, tem inauguração prevista para ocorrer até o fim deste ano.
Embora escalar o negócio já estivesse nos planos do empreendedor, Daltoé diz que a velocidade em que isso se deu foi muito acelerada. Portanto, decidiu encontrar alguns sócios nessa trajetória, para ajudar, por exemplo, em frentes operacionais, como financeira e jurídica.
“Eu sentia necessidade, além do investimento que eu não tinha para abrir essas duas do nada em prazo tão curto, de trazer sócios para me ajudar na operação mesmo, porque eu precisava ter alguém para me ajudar com essa parte burocrática, senão eu não ia dar conta”, explica o empresário.
Expansão
Em outubro, o empreendedor quer inaugurar a quarta loja, localizada em um casarão no bairro de Santa Cecília. Como a unidade está em fase de projeto, Daltoé reconhece as possibilidades de atraso. Mesmo assim, acredita que até dezembro, no máximo, a casa já estará com a operação iniciada.
Além do café, ele vai começar uma nova empreitada gastronômica no rooftop do imóvel, mas ainda não revela o segmento. Em 2023, a expectativa do empresário é abrir mais três casas também na capital paulista. Embora o plano de expansão esteja sempre no radar, Daltoé afirma que não tem planos de franquear a marca.
“Minha pretensão é ter um crescimento sempre sendo o controlador. Acho que franquia seria uma coisa meio equivocada no momento. Temos plano de crescimento em São Paulo mesmo, antes de qualquer outra pretensão nacional”, diz o empreendedor.
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