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T Ó P I C O : ARTIGO: É importante ampliar o uso de canhão na pulverização, em cafezais de montanha

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ARTIGO: É importante ampliar o uso de canhão na pulverização, em cafezais de montanha


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 20/01/2021 18:18:50


Leonardo Assad Aoun comentou em: 20/01/2021 18:12

 

ARTIGO: É importante ampliar o uso de canhão na pulverização, em cafezais de montanha

 

O uso de canhão atomizador, na pulverização em cafezais, precisa ser ampliado, para superar as dificuldades, na execução dessa prática, na cafeicultura de montanha.

 

A cafeicultura de montanha abrange vastas áreas de terrenos com relevo inclinado, nas regiões serranas do Estado do Espirito Santo, da Zona da Mata de Minas, no Noroeste do Rio de Janeiro, pequena parte do Sul de Minas, e região vizinha, com este estado, em São Paulo. A estimativa é de um parque cafeeiro de 570 mil hectares de cafeeiros arábica e de cerca de 50 mil ha de cafeeiros conillon, cultivados nessas áreas de montanha.

As lavouras de café nas regiões de montanha têm sido muito afetadas por doenças e pragas, em especial pela ferrugem e pela Phoma, está nas áreas de altitude mais elevadas. Essas doenças são favorecidas pela condição de sombra, umidade e adensamento dos cafeeiros. Além disso, o ataque da broca também se beneficia por essas condições presentes nos cafezais de montanha.

No controle da ferrugem, a aplicação de produtos via solo, uma alternativa mais fácil de execução nas montanhas, vem perdendo eficiência e, assim, vem necessitando de pulverizações complementares, as quais, pela forte declividade nas lavouras, são feitas, em sua maior parte, de forma manual, o que, além de onerar os custos cria dificuldades de execução, representando, ainda, riscos aos aplicadores.

As pulverizações usando canhões atomizadores foram demonstradas eficientes pela pesquisa, para isso sendo necessárias adaptações como – a) Contar com canhões com bom volume e velocidade do ar que impulsiona as gotas, b) trabalhar com volume de calda bem alto, à razão de 400-500 litros por ha, c) trabalhar em horas de pouco vento e de temperaturas mais baixas, à tardinha, pela noite e pela manhã, d) usar baixas velocidades de deslocamento do trator, que conduz o canhão, à razão de cerca de 1 km por hora, e) direcionar o canhão por cima da copa dos cafeeiros, deixando apenas pequena parte das gotas atingir os cafeeiros mais próximos, f) usar produtos adequados, sempre combinando produtos que possam ser redistribuídos, na folhagem, por chuvas, visto que as gotas pulverizadas atingem mais o topo das plantas, g) Usar as maiores doses de registro dos produtos, considerando a maior deriva de gotas, h) sempre usar óleos na calda aquosa, para reduzir evaporação de gotas.

Um cuidado especial, que merece destaque, é a necessidade de adaptação das lavouras, com carreadores situados a menores distâncias, pois os canhões aplicam bem e mostram eficiência numa faixa de cerca de 20-25 m de cada lado aplicado (ver tabela 1) Além disso, como o gasto de água é elevado e em curto tempo, é preciso ter um suprimento de água perto e de abastecimento rápido. O rendimento normal obtido na aplicação é de 2 ha pulverizados por hora de serviço.

Existem diversas marcas e modelos de canhão, com capacidade de tanque variando de 400, 600, e 2000 litros. As marcas mais comuns são da antiga Montana (hoje Kuhn), da Tec Spray, da Jacto e da Adventure.

Um dos entraves ao maior uso do canhão tem sido seu elevado custo, o que condiciona seu uso em áreas e propriedades maiores. No entanto, poderia ser ampliado/otimizado seu uso, através de empresas aplicadoras, com prestação de serviços às propriedades menores, ou, mesmo, a formação de condomínios ou associação de diversos produtores, para aquisição e uso comum do canhão.

Fonte: Fundação Procafé (Por J.B. Matiello – Eng Agr Fundação Procafé e C. A Krohling- Eng Agr Consultor)/CCCMG

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