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T Ó P I C O : [CAFETERIA] Entregadores de aplicativos de delivery organizam paralização nacional para 1º de julho

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[CAFETERIA] Entregadores de aplicativos de delivery organizam paralização nacional para 1º de julho


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 29/06/2020 18:09:21


Leonardo Assad Aoun comentou em: 29/06/2020 18:11

 

[CAFETERIA] Entregadores de aplicativos de delivery organizam paralização nacional para 1º de julho

 

A categoria reivindica melhores condições de trabalho - que pioraram durante a pandemia do novo coronavírus, segundo trabalhadores que utilizam Rappi, Uber Eats e iFood, entre outros.

[CAFETERIA] Entregadores de aplicativos de delivery organizam paralização nacional para 1º de julho

No dia 1º de julho 2020, trabalhadores de diversos estados do Brasil que atuam no setor de entregas por meio de aplicativos têm se organizado para reivindicar melhores condições de trabalho e pagamento. Para isso, os trabalhadores prometem uma paralisação nacional da categoria: o objetivo é "parar" o serviço de entregas em boa parte do país, setor comandado principalmente por três empresas - iFood, Rappi e Uber Eats.

A categoria, que afirmava já lidar com a falta de assistência e direitos básicos, viu o cenário piorar em meio pandemia de Covid-19. Considerada atividade essencial, o serviço segue com alta demanda e baixa remuneração: mesmo com o aumento da demanda pelo serviço em função da pandemia do coronavírus e do isolamento social, os trabalhadores relatam uma queda de remuneração nos últimos meses. Segundo os entregadores, as empresas não são transparentes sobre as tarifas nem informam sobre eventuais mudanças no serviço - enquanto os riscos, principalmente de contrair a Covid-19, só aumentam.

Quais as reivindicações da categoria

Entre as demandas, o grupo pede maior transparência sobre as formas de pagamento adotadas pelas plataformas, aumento dos valores mínimos para cada entrega, mais segurança e fim dos sistemas de pontuação, bloqueios e "exclusões indevidas" (segundo a categoria, entregadores têm sido desligados das plataformas — muitas vezes sem aviso prévio nem direito de defesa, dizem). Também são reivindicados alimentação durante a jornada de trabalho, licença remunerada em caso de acidentes, seguro de vida e um voucher para compra de equipamentos de proteção individual.

O que dizem as empresas

De maneira geral, as empresas negam falta de transparência e queda de remuneração. Afirmam que, por causa da pandemia, mais pessoas começaram a trabalhar no setor, o que aumentou a concorrência para conseguir corridas.

A Uber Eats, por exemplo, afirmou: "Todos os ganhos estão disponibilizados de forma transparente para entregadores parceiros, no próprio aplicativo. Não houve nenhuma diminuição nos valores pagos por entrega, que seguem sendo determinados por uma série de fatores, como a hora do pedido e distância a ser percorrida."

Já a iFood disse que "não houve qualquer alteração nos valores das entregas" e que estabeleceu R$ 5 como valor mínimo para qualquer corrida. Diz, ainda: "Em maio, 51% dos entregadores receberam R$ 19 ou mais por hora trabalhada. Esse valor é quatro vezes maior do que o pago por hora tendo como base o salário mínimo vigente no país."

A Rappi afirmou que "o frete varia de acordo com o clima, dia da semana, horário, zona da entrega, distância percorrida e complexidade do pedido. Dados da empresa mostram que cerca de 75% deles ganha mais de R$ 18 por hora e que quase metade dos entregadores parceiros passam menos de 1 hora por dia conectados no app".

Como iniciou esse movimento

A recente articulação começou espontaneamente há pouco mais de três meses, em frente ao shopping Plaza Sul, em São Paulo, local que reúne dezenas de trabalhadores à espera de encomendas para delivery. Os entregadores da região então criaram um grupo de WhatsApp para discutir suas condições de trabalho.

A primeira manifestação, na avenida Paulista, ocorreu em abril: reivindicava equipamentos de segurança pessoal contra o coronavírus, como máscaras e álcool em gel. Logo depois, as empresas começaram a dar o material.

Desta vez, as demandas incluem o fim do sistema de pontuação usado pela Rappi, que funciona assim: para conseguir acesso a mais a corridas e determinadas áreas com restaurantes, cada trabalhador precisa atingir uma pontuação mínima por semana — quanto mais corridas ele fizer, mais pontos acumula para o período seguinte. Outras reivindicações se referem a punições e exclusões dos aplicativos, além das demais já mencionadas acima.

Fontes: BBC - 22 de junho de 2020. Brasil de Fato - 29 de junho de 2020. ECOA/UOL - 29 de junho de 2020. IstoÉ Dinheiro - 22 de junho de 2020.

Fonte: Revista Cafeicultura

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