T Ó P I C O : URGENTE: EXPORTAÇÃO E INTERCAMBIO DE SELEÇÕES DO MELHORAMENTO GENÉTICO DO ARÁBICA
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URGENTE: EXPORTAÇÃO E INTERCAMBIO DE SELEÇÕES DO MELHORAMENTO GENÉTICO DO ARÁBICA
Autor: André Luíz Garcia
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9 comentários
Último comentário neste tópico em: 01/08/2013 14:11:58
André Luíz Garcia comentou em: 15/07/2013 12:47
URGENTE: EXPORTAÇÃO E INTERCAMBIO DE SELEÇÕES DO MELHORAMENTO GENÉTICO DO ARÁBICA
Prezados,
Neste texto venho colocar um assunto bastante polêmico, com adesões e pensamentos divergentes e de enorme importância para a cafeicultura nacional. Nestes sete anos de atuação como pesquisador aqui na Fundação Procafé sempre recebemos grupos de estrangeiros com interesse em conhecer os campos de melhoramento genético e adquirir sementes de materiais diversos, demanda esta que cresceu significativamente nestes últimos anos. Assim como nas instituições de pesquisas os produtores de sementes aumentaram significativamente as vendas para o exterior, sendo algo acima de seis ton. da qual tivemos noticias.
Em paralelo a esta demanda, nas área da indústria e pesquisa foi criado um projeto internacional com o objetivo de promover o intercâmbio de seleções genéticas entre diferentes países, com o objetivo de aumentar a oferta de cafés especiais no mundo. Este projeto recebe apoio financeiro de diversos representantes no setor da indústria das Américas, Europa e Ásia, sendo coordenado por estes juntamente com representantes do setor da Pesquisa.
No ultimo Congresso Brasileiro de Pesquisas no debate do seminário sobre melhoramento perguntei aos melhoristas da mesa, estes representantes e responsáveis pelo melhoramento nas principais instituições do Brasil, o que achavam deste projeto. As respostas foram divergentes, desde "dar o ouro ao ladrão" como sendo importante para aquisição de fontes de resistência para o atual melhoramento, onde a maioria ficou em "cima do muro" e com a seguinte resposta” se não passar estes materiais eles vão ter de outro modo”.
Com relação à legislação os materiais genéticos podem ser exportados e aqueles protegidos somente com a permissão da instituição detentora.
Sabemos que o melhoramento genético teve um grande marco em produtividade com os Catuais e M.N. e agora vemos um outro marco que é a alta produtividade associada à resistência a fatores bióticos e abióticos (seca, ferrugem, B.Mineiro, nematóide, etc.)
Nestas exportações atuais vimos que a maior procura está direcionada a resistência a ferrugem, que está acarretando perdas significativas a países da América do Sul e Central.
Deixo assim esta preocupação em aberto, sobre a internacionalização de seleções genéticas, com vantagens e desvantagens e pontos de vistas divergentes sendo que na área do melhoramento genético pode ser um ponto importante para novos cruzamentos e no setor de produção pode ser um marco de grande oportunidade para países com potenciais climáticos, econômicos e sociais, aumentando a oferta de café no mundo.
A Fundação Procafé é uma instituição de pesquisa que sempre tem em primeiro lugar o produtor rural associada às demandas de pesquisas que são importantes para a nossa cafeicultura. E nesta relação de prós e contras ela entende que a internacionalização e/ou exportação de materiais genéticos não pode acontecer sem um estudo organizado, de maneira que acarrete aos nossos produtores uma possível concorrência desleal comparada a países menos e/ou mais desenvolvidos com potencial de produção com custos mais reduzidos e apoio financeiro e político. E se o objetivo do projeto for concluído é lógico que com o aumento da oferta de cafés finos a oferta em geral também aumentará. Imaginem 10 milhões de sacas a mais no curto/médio prazo.
É importante lembrar que uma cafeicultura desprovida de políticas protetivas e regulatórias, ganha quem é mais forte e organizado. E desta formas continuamos fazendo o que sempre achamos como prioritário que é defender a sustentabilidade da nossa cafeicultura.
Att, André Garcia e toda equipe Fundação Procafé
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João Marcos Altieri Ramos comentou em: 15/07/2013 21:37
- Escutem este GRITO DE ALERTA !
Em cada semente de café existe anos e anos de cruzamentos, melhoramento e seleções de variedades. O Brasil desde o fim do IBC no inicio dos anos 90 investe muito menos em pesquisa pra café, apesar dos esforços do Consórcio Café e institutos parceiros. Investimos nossos poucos recursos financeiros e intelectuais para gerar novas variedades (e também outras técnicas) e entregamos o ouro ao bandido. E o robusta vai na mesma linha! Países contrabandeando nossos recursos genéticos de baixo do nosso nariz. Parabéns ao Sr. André Luiz Garcia e equipe no Procafé! Amigos cafeicultores e autoridades: - Escutem este GRITO DE ALERTA !
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CARLOS HENRIQUE LOPES CHAGAS comentou em: 16/07/2013 09:14
Realmente é Brasil
Como nosso compaheiro João disse, o Brasil gasta investimentos e conhecimentos e tempo para desenvolver novas variedades e entrega de "mão beijada" à outros países....
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Aibi Jorge Torres - Tecnólogo em Cafeicultura - Pós-Graduação em Cafeicultura Sustentável comentou em: 16/07/2013 12:54
Ouro ao ladrão?
André, sua preocupação é pertinente. Apesar de termos "roubado" os materiais originais, melhoramos a prática cafeeira em todos os patamares. Acredito que o tiro pode sair pela culatra, uma vez que pode haver um "pioramento" genético num manejo mal feito destes mateirais. Tecnologia não se pega e sai aplicando. É preciso muito material humano intelectualizado e preparado para implementar as mudanças e melhorias.
Como disseram, podem até adquirir a qualquer custo e de qualquer modo, mas, fazer a coisa prosperar, não é assim tão simples.
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André Luíz Garcia comentou em: 16/07/2013 14:48
LEVANTAMENTO DAS EXPORTAÇÕES
Caros colegas,
Agradecemos o apio e gostaria de corrigir os números sobre exportações. Em levantamento inicial de produtores de sementesque estão expotando neste ano 2013, sabemos que está em aproximados 37 a 40 ton de sementes, estando entre estes principalmente materiais que acabaram de ser registrados com resistência multipla e produtividade elevada. Este montante de sementes seria o equivalente a 20.000 ha em plantio mecanizado, com duas sementes por saquinho.
Concordo que para se ter sucesso é necessário muita massa cinzenta, porém o que sempre digo é que estamos dando a tecnologia de graça e o pior, pode ter certeza que eles estão levando todas as informações e tecnologias necessárias inclusive com auxílio governamental.
att,..
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Fernando Souza Barros comentou em: 16/07/2013 18:29
BRASIL COLONIA....!
PREZADOS COMPANHEIROS.
DEMOROU MAS ATË QUE ENFIM OS PESQUISADORES RESOLVERAM ALERTAR ESTA SITUAÇÃO VERGONHOSA POR QUE PASSA A PESQUISA AQUI NO PAÏS.AS MULTINACIONAIS ENTRAM NOS PROCESSOS,FAZEM CONVENIOS E SE TIVER ALGO DE ERRADO NÃO SE PODE DIVULGAR ANTES DELAS ENFIM A EMBRAPA VAI AO EXTERIOR ENSINAR NOSSOS CONCORRENTES A PRODUZIREM O CAFË E MANUSEÁ-LO.É UMA VERGONHA,POIS AS VERBAS NÃO CHEGANDO AS EMPRESAS INTERESSADAS OCUPAM O ESPAÇO E FINANCIAM OS PESQUISADORES.OLHA INFELIZMENTE SEM UM CONTROLE RÍGIDO DESTA ÁREA AQUELES PATRIÓTAS QUE QUEREM UM BRASIL MELHOR ESTARÃO FADADOS AO FRACASSO POIS NÃO CONSEGUIRÃO MANDAR NO SEU NEGÓCIO E NEM TER PREÇO REMUNERADOR...
ABRAÇO E ATË MAIS.
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André Luíz Garcia comentou em: 17/07/2013 09:53
AÇÕES
Prezados colegas
Em linha lógica, os resultados genéticos de pesquisas fomentadas pelos recursos captados no Funcafé (taxa que incide sobre o café comercializado pelo produtor brasileiro) devem ser protegidos por ações governamentais como estratégia de proteção do setor produtivo nacional. Nesta visão a Fundação Procafé encaminhou no começo desta semana uma carta diretamente a Brasília solicitando apoio junto ao Conselho Nacional do Café e junto às Cooperativas das principais regiões produtoras, para interceder junto aos órgãos competentes do governo brasileiro, com a finalidade de resguardar este patrimônio que é nosso. Desta forma solicitamos a todos os companheiros e parceiros que fortaleçam este pedido e intensifiquem esta ação junto aos nossos representantes para uma rápida resposta e ação dos mesmos.
Vamos continuar defendendo a nossa classe com honestidade e "Espírito Patrióta" de exemplos que se destacaram por não cederem ao "Sistema" , sempre com a ideia de que "Não é porque é assim que precisa ser assim".
Att, abraços a todos
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Joao Jose Alves de Alvarenga comentou em: 18/07/2013 06:25
ROTULO.
Em troca do melhoramento genético e tecnologia doada aos concorrentes ganhamos um rotulo... IDIOTAS
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Marcelo Jordão da Silva Filho comentou em: 01/08/2013 14:06
"Este projeto recebe apoio financeiro de diversos representantes no setor da indústria das Américas, Europa e Ásia"
A fim de expandir os polos produtores de café, aumentando a oferta de café mundial, consequentemente, aumentando seu poder e opções de compra das indústrias, realmente é preciso implantar uma política protetiva para evitar que o patrimônio genético, circulam pelo mundo aos reais interresses dos compradores.
Abraços!
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