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T Ó P I C O : #Wall Street Journal - - - Demanda fraca e safra recorde no Brasil abalam cafeicultura, diz especuladores

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Comentários do Tópico

#Wall Street Journal - - - Demanda fraca e safra recorde no Brasil abalam cafeicultura, diz especuladores


Autor: Carla de Pádua Martins

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4 comentários

Último comentário neste tópico em: 03/07/2012 15:27:42


Carla de Pádua Martins comentou em: 02/07/2012 06:23

 

Demanda fraca e safra recorde no Brasil abalam cafeicultura

 

No meio da incerteza econômica global, as commodities caíram bastante no segundo trimestre, pressionadas por temores sobre a fraqueza da demanda. O café foi um dos mais golpeados, com uma queda de 6,8% nos preços que abalou uma matéria-prima por muito tempo considerada à prova de recessão.

O café tem estado sob pressão há meses. Os preços vinham caindo desde o início do ano, empurrados pela expectativa de uma safra recorde no Brasil, o maior produtor mundial de café. Além disso, a demanda tem desacelerado, à medida que torrefadoras deixam de comprar grãos de alta qualidade e os consumidores em alguns mercados reduzem o consumo de café.

No segundo trimestre do ano, a cotação do café caiu US$ 0,1235, para US$ 1,701 a libra-peso, na bolsa americana de futuros ICE Futures. Os preços subiram um pouquinho no fim de junho, mas ainda acumulam queda de 44% em relação ao pico de US$ 3,049 registrado em maio de 2011. No acumulado do ano, a commodity caiu 25%.


image
Reuters

Colheita de café em Monte Belo, Minas Gerais

"O café foi pego de cheio por uma série de fatores negativos", disse Keith Flury, analista sênior de commodities do banco holandês Rabobank.

 

 

 

 

 

 

No segundo trimestre, a economia mundial patinou, em parte devido ao agravamento da crise da dívida na Europa, onde 13 países estão oficialmente em recessão. Na China, o crescimento econômico desacelerou. Já nos EUA, a recuperação econômica ainda engasga.

O tombo do café este ano sugere que não há nada totalmente blindado contra a turbulência econômica. O mito entre investidores de commodities sempre foi que a demanda do café passaria incólume por ciclos econômicos, pois supostamente ninguém abriria mão do cafezinho mesmo num cenário de crise.

"O que [o investidor] não entendeu é que quando vários anos de auge nos preços se combinam com um fraco crescimento econômico, o consumidor começa a fazer escolhas", disse Kona Haque, diretora de pesquisa de commodities agrícolas no Macquarie Bank Ltd.

Com a crise da dívida europeia se intensificando, a demanda do café em certos países caiu. No Reino Unido, a queda no consumo da bebida em 2011 foi de 6,7%. Na Espanha, o declínio foi de 2,6% e na Itália, 1,6%, segundo dados preliminares da Organização Internacional do Café (OIC). No mundo como um todo, o consumo subiu 1,7% em 2011 — menos do que a média anual de 2,5% de crescimento registrada desde 2000. Ainda não há dados disponíveis sobre 2012.

 

[image]

A variedade arábica, de alta qualidade, sofreu com mudanças em hábitos de consumo. Com os preços na bolsa ICE Futures mais do que dobrando de 2010 para 2011, torrefadoras e consumidores começaram a migrar para um grão menos nobre, o robusta, na tentativa de preservar o lucro ou cortar despesas. Nos 12 meses encerrados em maio, as exportações de café arábica caíram 6,1%, enquanto as da variedade robusta subiram 6,8%, segundo a OIC.

No segundo trimestre o robusta, um contrato de futuros de menor peso negociado na NYSE Liffe, em Londres, subiu 3,5%, para US$ 2.103 a tonelada. No ano, acumula alta de 19%. O grão robusta tem o dobro da cafeína do arábica e sabor mais forte.

A dança dos preços vem atraindo uma série de atores financeiros para o mercado do café. Segundo dados do governo americano, no caso do arábica o volume de posições "net-short" — uma aposta na queda dos preços — em fundos de índices e fundos de hedge atingiu um recorde no segundo trimestre.

Fundamentos fracos "deixaram a opinião [desses atores] sobre o café ainda mais negativa, derrubando cada vez mais o mercado. Outras commodities agrícolas não foram alvo de tanta negatividade", disse Haque, a analista do Macquarie.

Desde o fim do ano passado, o volume nesse mercado de futuros chegou a subir 55% em termos de contratos em aberto. Nos últimos dias, caiu 15%, de acordo com a bolsa ICE Futures. No sentido inverso, os preços se recuperaram um pouco — "devido à corrida de investidores agressivos para cobrir-se", diz Stan Dash, diretor da corretora eletrônica TradeStation Securities, aludindo ao movimento de recompra de contratos para cobrir posições a descoberto quando os preços sobem.

Os preços do arábica provavelmente cairão mais com a nova safra brasileira, cuja colheita começou em maio e vai até setembro. A estimativa é que a safra do país este ano seja a maior da história, que responde por cerca de um terço da produção mundial. Com os preços altos no ano passado, os cafeicultores brasileiros ampliaram a área plantada e o uso de fertilizantes. Mas muitos estão adiando a venda, à espera de uma recuperação nos preços.

"Acho que os brasileiros vão começar a vender nos próximos dois ou três meses. Lá por setembro, já vamos ver o início do movimento de queda no mercado", previu Haque.

Globalmente, os estoques de café (como porcentagem do uso) devem cair para 21,5% ao fim do atual ano-safra, o nível mais baixo em 12 anos, prevê o Rabobank.

The Wall Street Journal

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Arnaldo Reis Caldeira Júnior comentou em: 02/07/2012 08:35

 

DESIFORMAÇÃO OU INFORMAÇÃO TENDENCIOSA.

 

Olha nunca vi tamanha desinformação publicada junto.

OU ENTÃO A VACA FOI PRO BREJO E OS CARAS LA NA EUROPA TÃO SEGURANDO A VACA PELO RABO ..............

Com este texto parece que tem gente desesperada no mercado internacional do café.

 

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Daniel Pereira Caceres comentou em: 02/07/2012 12:45

 

Informação ?

 

Quais as informações que nós caficultores devemos levar em consideração ? 

Sei que o Custo de produção alto, Colheita Atrasada, Mão de Obra cara e escassa, preço do café em baixa !!! 

Além de muito produtor ter café da safra passada ainda não neogociada ? 

Saudações Caffeiras 

Daniel P Cáceres

 

 

 

 

 

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Fernando Souza Barros comentou em: 03/07/2012 15:25

 

Estoque baixo,chuva e diminuição...

 

             Prezados Companheiros

     O estoque de café lá fora não chega a 10 milhões de sacas.O que existe é café em transito,na arvore e pouco disponível para venda imediata.O nosso estoque de passagem em 30/3 preferiram nem divulgar para não prejdicar o comprador.Para por mais lenha na fogueira veio a chuva e jogou de 10 a 15 milhões de sacas de café no chão aqui no Brasil.O desespero de quem está mal vendido ou com compromissos em sacas de café é grande.Quem gosta de tomar aquele café suave e de qualidade vai pagar caro! Quanto? Ainda é cedo para termos uma idéia mas quem souber e tiver condições de  administrar a venda vai fazer uma média este ano 2012/13 acima de 450,00 a R$500,00 a saca.Aquelas vendas desvairadas para 6 meses um ano a frente diminuiram muito pois querem pagar barato pelo nosso café arábica. Colombia vendendo a mais 25 cents e eles querendo pagar menos 15 pelo nosso café sobre a Bolsa de NYork que como já dissemos aqui deveria estar hoje (3/6) a U$2,05 por libra e está a U$1,80.base setembro. Acham que o produtor vai vender a partir de Setembro? Será não sei pois vai depender de preço. O conillon esta a R$250/260,00 (encarecendo) e o arábica que deveria esteve comprando 2,67 sacas de conillon hoje dá para comprar 1,57 sacas.Portanto chegou a hora do arábica se valorizar.

       Abraço e até mais.

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