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T Ó P I C O : Com persistência, produtor de café driblou adversidades e se tornou referência na Chapada de Minas

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Com persistência, produtor de café driblou adversidades e se tornou referência na Chapada de Minas


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 01/12/2025 15:25:40


Leonardo Assad Aoun comentou em: 01/12/2025 15:08

 

Com persistência, produtor de café driblou adversidades e se tornou referência na Chapada de Minas

 

Cláudio Nakamura, ao lado da mulher e do filho, transformou sua história em padrão de cafés especiais, culminando em prêmios e reconhecimento nacional

Cláudio Nakamura, engenheiro-agrônomo e descendente de imigrantes japoneses, acreditou no potencial do café no Vale do Jequitinhonha

Cláudio Nakamura, engenheiro-agrônomo e descendente de imigrantes japoneses, acreditou no potencial do café no Vale do Jequitinhonha

Em 18 de julho de 1975, um devastador fenômeno climático destruiu cerca de 60% do 1,8 milhão de hectares de cafezais paranaenses, provocou o êxodo de aproximadamente 2,6 milhões de pessoas e pôs fim à era do “ouro verde” no estado, que até então respondia por quase 50% da produção nacional do grão. Após a “geada negra”, como o fenômeno ficou conhecido, a família Nakamura se mudou para São Paulo, mas foi em 1986 que chegou ao Vale do Jequitinhonha, onde, quase 40 anos depois, tornou-se um emblema da resiliência e da excelência que hoje definem a Chapada de Minas. A persistência de Cláudio e Élvia Nakamura, que vieram para Minas Gerais justamente em busca de novas oportunidades após a catástrofe, não apenas lhes permitiu fincar as raízes de uma nova geração de cafeicultores, mas culminou na conquista do primeiro lugar no IV Prêmio Chapada de Minas, com sua saca de café sendo arrematada por um valor recorde em leilão.

A trajetória de Cláudio Nakamura, engenheiro-agrônomo e descendente de imigrantes japoneses, é um testemunho da crença no potencial de uma terra então desconhecida. Impulsionado pela alta histórica do café em 1985, ele viu a oportunidade de investir em novas fronteiras. No ano seguinte, mudou-se com a esposa, Élvia, grávida de seis meses, e o filho pequeno para um terreno de 250 hectares em José Gonçalves de Minas. De um grupo de 20 famílias que migraram juntas, apenas duas – sendo uma a Nakamura – permaneceram, vencendo o clima adverso e a forte queda nos preços do café nas primeiras safras. “O problema climático aqui é bem diferente das regiões tradicionais. É muita seca, de maio a outubro quase não chove. Muita gente foi desistindo. Realmente foi meio difícil, mas nós conseguimos permanecer”, ele conta.

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