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T Ó P I C O : Coffee++: Nestlé trava batalha judicial para vender produtos com o mesmo nome de marca mineira de café

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Coffee++: Nestlé trava batalha judicial para vender produtos com o mesmo nome de marca mineira de café


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 18/11/2025 17:23:31


Leonardo Assad Aoun comentou em: 18/11/2025 17:01

 

Coffee++: Nestlé trava batalha judicial para vender produtos com o mesmo nome de marca mineira de café

 

Por Pablo Nascimento/BHAZ

À esquerda, a caixa da Nespresso. À direita, produtos da Coffee Mais (Reprodução)

A empresa alimentícia suíça Nestlé acionou a Justiça brasileira para conseguir vender produtos da marca Nespresso usando o mesmo nome de uma produtora da cafés especiais da cidade de Piumhi, no Sul de Minas Gerais. O nome em disputa é o da Coffe Mais, empresa registrada junto ao Governo Federal há cinco anos.

A companhia mineira tem como assinatura “Coffee++”. Já a Nespresso tem uma linha mundial que usa “Coffee+”.

Léo Montesanto, fundador da empresa de Piumhi, conta que descobriu há cerca de 60 dias que a concorrente estava o usando o mesmo nome. “Um amigo meu estava em uma loja da Nespresso nos Estados Unidos e viu o produto lá. Ele me ligou e perguntou se a gente estava fazendo collab, mas eu disse que não”, contou. “Depois, eu fui em uma loja da Nespresso em BH e achei o mesmo produto lá”, completou.

Após confirmar a semelhança das marcas, a empresa mineira enviou uma notificação extrajudicial para a Nestlé, pedindo a suspensão do uso em 15 dias. No documento, os advogados alegaram que a Coffee ++ já tem cinco registros junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), desde 2020.

Os advogados da produtora mineira também ressaltaram a relevância já adquirida pela marca. Os produtos estão presentes em 20 estados brasileiros, sendo distribuídos em mais de 5.500 pontos de venda, incluindo grandes redes supermercadistas.

Nestlé pede cancelamento de registros de marca brasileira

A Nestlé não atendeu o pedido da empresa mineira e, como resposta, acionou a Justiça Federal do Rio de Janeiro para pedir o direito de uso da marca. Na ação, a multinacional pediu o cancelamento dos cinco registros da Coffe ++ no Inpi e que a Justiça declare que a empresa mineira não tem exclusividade sobre o nome.

“Com origem em 1986, a NESPRESSO introduziu uma nova forma de apreciar o café, mudando a maneira como milhões de pessoas ao redor do mundo começam e terminam o dia. Inicialmente, existiam quatro variedades de cafés em cápsula. Hoje, como resultado do enorme sucesso, a marca NESPRESSO conta com cápsulas de café de diferentes regiões do mundo. Além da linha permanente, são lançadas edições limitadas várias vezes ao ano, com diferentes histórias, regiões e sabores. No Brasil, por exemplo, temos a linha BARISTA CREATIONS, com cápsulas inspiradas pela criatividade dos melhores baristas do mundo, assim como a ISPIRAZIONE ITALIANA, que conta com cápsulas que transportam os consumidores às cidades icônicas da Itália”, explicou a Nestlé sobre o modelo de negócio da empresa.

“Dentro desse cenário e subordinada ao guarda-chuva da mundialmente famosa marca NESPRESSO, a Autora lançou mundialmente a coleção “COFFEE+” (“CAFÉS FUNCIONAIS” no Brasil), concebida com o objetivo de potencializar os benefícios naturais do café, enriquecendo-o com ingredientes funcionais (vitamina B6 adicionada, VITAMINA B12 adicionada e cafeína adicionada). Portanto, o uso da expressão “Coffee+”, realizado de boa-fé e com finalidade meramente descritiva, não configura violação marcária nem gera associação indevida com um titular específico, mas sim reflete uma prática consolidada de mercado que não pode ser indevidamente monopolizada. Outrossim, não se pode cogitar diluição por ofuscação (“blurring”), uma vez que tal figura pressupõe a fama da marca supostamente ofendida, requisito que não se verifica no caso concreto. De igual modo, em todas as embalagens, o termo “COFFEE +” aparece sempre subordinado e visualmente vinculado às marcas NESPRESSO ou VERTUO, com o objetivo de que o público associe imediatamente o produto à reputação da Notificada”, completou.

A empresa mineira que vende mais de 2 milhões de quilos de café por ano já apresentou as primeiras defesa em prol da exclusividade da marca e aguarda os trâmites judiciais.

O BHAZ procurou a Nestlé para comentar sobre o caso e aguarda retorno.

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