T Ó P I C O : Cafeicultores de Itapira conquistam 1º e 2º lugar em importante concurso estadual
Informações da Comunidade
Criado em: 28/06/2006
Tipo: Tema
Membros: 5250
Visitas: 28.150.572
Mediador: Sergio Parreiras Pereira
Comentários do Tópico
Cafeicultores de Itapira conquistam 1º e 2º lugar em importante concurso estadual
Autor: Leonardo Assad Aoun
27 visitas
1 comentários
Último comentário neste tópico em: 18/11/2025 17:23:31
Leonardo Assad Aoun comentou em: 18/11/2025 16:59
Cafeicultores de Itapira conquistam 1º e 2º lugar em importante concurso estadual
O agronegócio de Itapira ganhou destaque no “24º Concurso Estadual Qualidade do Café de São Paulo”, promovido pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).
Na categoria café orgânico, o casal Marina e Ricardo Maklouf conquistou o primeiro lugar, enquanto o produtor Eduardo Secchi Munhoz garantiu a segunda colocação.
Além do título na categoria principal, Marina e Ricardo também obtiveram excelente desempenho em outras duas modalidades do concurso: alcançaram o 10º lugar no café convencional via úmida e o 8º lugar no café convencional fermentado. O cultivo deles é feito na Fazenda Boa Vista que fica na região de Barão Ataliba Nogueira.
A premiação e os resultados alcançados colocam o nome de Itapira novamente em evidência no cultivo de cafés, posição que há algum tempo havia ficado pra trás.

Dú Canivezi juntamente com o casal Marina e Ricardo, e Diego Barroso: nome de Itapira é destaque nacional (Divulgação)
O chefe da Casa da Agricultura de Itapira, Dú Canivezzi esteve presente prestigiando os produtores locais, juntamente do Diego Barroso, diretor da CATI, regional Mogi Mirim.
Dú Canivezi não conseguiu esconder a satisfação de ver o nome de nossa terra em destaque novamente no meio dos cafeicultores: Itapira vinha perdendo força na produção de café nos últimos 15 ou 20 anos, principalmente pela falta de mão de obra. Os filhos foram vindo para a cidade, as propriedades foram se dividindo e muitos produtores deixaram de tocar o café, chegando até a arrancar os pés. Agora, com o avanço dos cafés especiais, o cenário começou a mudar. Algumas propriedades passaram a investir, nos últimos cinco anos, em café de qualidade voltado a premiações e mercado de exportação — e o resultado está aí. É interessante notar que as duas propriedades vencedoras ficam próximas, na região dos bairros Forões, Coitos e Ponte Nova, áreas de altitude favorável e que ainda mantêm certa tradição na cultura. Há também um trabalho importante da CATI, do técnico Luiz de Sá, que ajudou a implantar esses cultivos, tanto na propriedade do Eduardo Secchi, no sítio Espelho d’Água, quanto na Fazenda Boa Vista, que também vem diversificando suas culturas. Outro ponto relevante é o volume produzido pelo Ricardo. Ele tem cerca de 50 mil pés de café, aproximadamente 10 hectares, e enviou três amostras ao concurso nas categorias fermentado, via úmida e orgânico. Conquistou o primeiro lugar no orgânico, o oitavo no fermentado e o décimo na via úmida. Ele já exporta café, e isso certamente vai atrair novos olhares para Itapira. Inclusive, conversei com ele e com sua esposa sobre a indicação geográfica de cafés especiais da região de Espírito Santo do Pinhal, da qual Itapira faz parte. Nenhum produtor do município ainda possui o selo, e o presidente da Associação de Cafeicultores de Pinhal já demonstrou interesse em aproximar os produtores itapirenses. Isso é fundamental, porque valoriza o produto e abre portas para certificações importantes. A tendência é que o reconhecimento estimule tanto produtores locais quanto pessoas de fora a investir em café aqui, comprando terras ou ampliando áreas de plantio. Outro ponto essencial é o potencial do turismo rural. Serra Negra conquistou diversos prêmios trabalhando o café aliado ao turismo — e isso também pode impulsionar o setor turístico em Itapira. É mais uma oportunidade de crescimento para o município.”
A cerimônia de premiação ocorreu na sede do no Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
A edição deste ano ranqueou os 40 cafés mais bem pontuados da espécie arábica – nas categorias natural, cereja descascado, fermentado e orgânico –, e os dez melhores da espécie canephora (conilon e robusta).
Concorreram 328 cafeicultores, que tiveram 376 amostras selecionadas pela CATI, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA-SP).
Além da CATI, também participam da organização do certame a Coordenação das Câmaras Setoriais, a Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro) e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), por meio da Apta Regional, do Instituto Biológico (IB-Apta) e do IAC-Apta.
Com recorde de inscritos em 2025 – 391, de 77 municípios –, concurso é realizado em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), Sindicato da Indústria de Café de Estado de São Paulo (Sindicafé-SP), Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Syngenta, Carmomaq, Kaleido, Bunn e Cropster.
Fonte: Gazeta Itapirense
Visualizar |
| Comentar
|


