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T Ó P I C O : Especulações otimistas no cenário cafeeiro mantém preços em baixa na manhã desta 6ª feira (14)

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Especulações otimistas no cenário cafeeiro mantém preços em baixa na manhã desta 6ª feira (14)


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 14/11/2025 14:20:39


Leonardo Assad Aoun comentou em: 14/11/2025 14:07

 

Especulações otimistas no cenário cafeeiro mantém preços em baixa na manhã desta 6ª feira (14)

 

Isenção tarifária, clima e melhor oferta em 2026 pressionam os futuros

Os preços do café se mantinham em queda nas bolsas internacionais na manhã desta sexta-feira (14), com o robusta recuando em mais de 3% em Londres. As últimas notícias referentes ao café seguem movimentando o mercado, que continua com fortes e constantes oscilações nos futuros mais próximos. 

Os pontos baixistas estão focados na possível isenção/redução das tarifas americanas sobre as exportações do grão brasileiro aos EUA. Segundo o Barchart, o presidente Donald Trump durante entrevista na noite da última terça-feira (11), impactaram negativamente os preços futuros. Além disso, as baixas se intensificaram também após o secretário do Tesouro, Bessent, afirmar que haveria "anúncios substanciais nos próximos dias" sobre culturas não cultivadas nos EUA, incluindo o café. 

Outro fator que vem derrubando os preços são as melhores condições climáticas, que contribuem (até o momento) para o desenvolvimento da safra de 2026 no Brasil.  Colaboradores do Cepea indicam que a maior parte da florada já ocorreu, e, agora, o sucesso da próxima temporada depende de uma boa fixação e desenvolvimento dos 
chumbinhos."É fundamental que as chuvas persistam para evitar o abortamento dos chumbinhos e para garantir o desenvolvimento da produção", completaram. O engenheiro agronômo e consultor em cafeicultura, Jonas Leme Ferraresso, explicou que, por enquanto, os cafezais não sofrem estresse hídrico, mas as altas temperaturas trazem preocupação e atenção para o desenvolvimento e potencial da safra/26 e também de 2027.

O mercado futuro mantém também a pressão sobre as primeiras previsões para safra/26. De acordo com o Rabobank, o mercado de café apresentará um excedente global substancial de 7 a 10 milhões de sacas na safra de 2026-2027, em comparação com o atual equilíbrio de oferta, impulsionado pela recuperação da produção de arábica no Brasil. Já para a StoneX, a safra do café brasileiro está estimada em uma produção de 70,7 milhões de sacas para 2026/27, total que representa um aumento de 13,5% em relação ao ciclo anterior (2025/26). Deste total, 47,2 milhões correspondem ao arábica, (um crescimento anual de 29,3%), enquanto 23,5 milhões de sacas são de robusta, com queda de 8,9%. Mas, apesar da recuperação esperada, o volume ainda permanece abaixo do potencial máximo que poderia ser alcançado sob condições climáticas ideais. 

Porém, de acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, mesmo considerando a safra brasileira em 55 milhões de sacas, a do Vietnã agora em 29,40 milhões (dados oficiais da Vicofa) e produção na Colômbia ainda nos 14 milhões, ainda há um déficit entre produção mundial e consumo mundial de 17 milhões de sacas. "Creio que o índice estoque mundial x consumo mundial deverá continuar crítico e voltando acima dos 10% apenas após a safra 28/29", alertou ainda o analista.

Em contrapartida as baixas, informações da Hedgepoint Global Markets destacam que desde o início de agosto, os estoques certificados vêm caindo, com uma redução no volume da maioria das origens, incluindo México, Honduras, Nicarágua, Peru, Uganda e Brasil, que é o maior fornecedor para os estoques certificados nos últimos anos.  

Perto das 9h20 (horário de Brasília), em NY o arábica trabalhava com o recuo de 715 pontos no valor de 394,55 cents/lbp no vencimento de dezembro/25,uma baixa de 660 pontos negociado por 367,65 cents/lbp no de março/26, e uma perda de 680 pontos no valor de 351,85 cents/lbp no de maio/26.

Já o robusta registrava o recuo de US$ 23 cotado por US$ 4,369/tonelada no contrato de novembro/25, uma desvalorização de US$ 153 no valor de US$ 4,190/tonelada no de janeiro/26, e uma queda de US$ 148 no valor de US$ 4,098/tonelada no de março/26. 

Por: Raphaela Ribeiro

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