T Ó P I C O : Café brasileiro tem grande potencial na China, mas entrada no mercado enfrenta desafios
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Café brasileiro tem grande potencial na China, mas entrada no mercado enfrenta desafios
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 31/10/2025 17:48:51
Leonardo Assad Aoun comentou em: 31/10/2025 17:38
Café brasileiro tem grande potencial na China, mas entrada no mercado enfrenta desafios

O mercado chinês representa uma oportunidade significativa para o agronegócio brasileiro, especialmente para o café, produto que vem despertando crescente interesse entre os consumidores chineses. No entanto, segundo Vitor Moura, diretor da Associação das Empresas Brasileiras na China (Bracham) e cofundador da Lantau, empresa que realiza conexões de negócios na China, o Brasil ainda tem muito a explorar nesse campo e enfrenta desafios importantes para consolidar sua presença.
Um dos principais entraves é o alto custo de entrada no mercado chinês. “Não é um processo barato”, afirma Moura, que representa na China uma cooperativa do norte do estado de São Paulo com mais de 100 fazendas de café. É necessário um grau considerável de investimento para construir marca, adaptar produtos e desenvolver canais de distribuição locais.
Além dos obstáculos financeiros e logísticos, há também questões culturais e estratégicas. Segundo Moura, ainda falta aos empresários brasileiros uma adaptação de mentalidade em relação à China, compreendendo melhor o comportamento do consumidor e as dinâmicas de negócios locais. “O mercado chinês exige um alto grau de localização das soluções, e o agro brasileiro tem a cabeça mais fechada para essas mudanças”, diz.
Ele se refere ao café brasileiro, que pode ser vendido para a China, mas os chineses preferem um café com menor acidez, devido ao paladar já acostumado ao do chá.
Posicionamento do Brasil diante da China
Em meio às transformações geopolíticas e à intensificação da guerra comercial, o Brasil ainda não definiu uma posição estratégica clara diante da China, seu principal parceiro comercial.
“O Brasil ainda está perdido. Não há uma estratégia coordenada sobre como o país pretende atuar neste momento (de disputa comercial)”, afirma. Segundo o analista, o país segue sem responder a uma pergunta fundamental: “O que o Brasil quer?” Para ele, falta um plano de posicionamento que oriente não apenas a política externa e comercial, mas também o papel do Brasil no cenário global.
A ausência de uma diretriz consistente limita a capacidade do país de aproveitar oportunidades comerciais de longo prazo, atrair investimentos e fortalecer parcerias estratégicas com a China.
Fonte: China 2 Brazil
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