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T Ó P I C O : Na terra da pecuária, o café se torna rei

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Na terra da pecuária, o café se torna rei


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 18/09/2025 17:07:19


Leonardo Assad Aoun comentou em: 18/09/2025 17:02

 

Na terra da pecuária, o café se torna rei

 

Última fronteira agrícola do estado, municípios do Extremo Norte capixaba estão, aos poucos, sendo tomados por lavouras

Por Rosimeri Ronquetti

Na terra da pecuária, o café se torna rei

Foto: Breno Alves de Sena Santos

Maior produtor de leite do Espírito Santo, Ecoporanga, no Extremo Norte do estado, assiste a uma transformação de suas paisagens. O território, antes ocupado por pastagens e rebanhos a perder de vista, começa a dividir espaço com os cafezais.

Última fronteira agrícola capixaba, a mudança no cenário rural está longe de ser exclusividade de Ecoporanga. Os municípios vizinhos de Montanha, Mucurici e Ponto Belo — este último em menor intensidade — também vivem essa modificação. As pastagens estão, aos poucos, sendo tomadas por plantações de café, mamão e pimenta-do-reino.

O extensionista rural do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) de Mucurici, Felipe Lopes Neves, diz que, por se tratar da última fronteira agrícola capixaba, a região tem atraído produtores de todo o estado.

“Tem havido uma ampliação dessa fronteira agrícola, uma exploração mais intensiva na cultura de café. A região tem atraído produtores de locais com tradição no café que não têm mais para onde expandir, como Nova Venécia, São Mateus, Barra de São Francisco e até mesmo Pinheiros, aqui bem perto”, detalha Felipe.

Os irmãos Miguel e Pedro Schumacher, grandes produtores de café e mamão em Pinheiros e Montanha, são um exemplo claro do que disse Felipe. Sem ter para onde ampliar as lavouras de café, em sociedade com Gilmar Orletti, escolheram o Distrito de Itabaiana, em Mucurici, para aumentar a produção.

“Por falta de áreas novas a serem abertas nos atuais municípios produtores onde já atuamos, não temos mais para onde expandir, então estamos abrindo nosso raio de atuação para cultivar mamão e café na Bahia e agora aqui em Mucurici”, disse Schumacher.

Juntos, os irmãos Miguel e Pedro Schumacher e Gilmar Orletti estão investindo no cultivo de café e mamão na Fazenda Dona Zélia em, em Mucurici.  FOTO: Arquivo pessoal

 Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos últimos 10 anos comprovam essa ocupação lenta, porém gradual. Em 2013, Ecoporanga, o maior dos quatro municípios em extensão territorial, com 2.285,369 km², tinha 1.130 hectares de área plantada ou destinada à colheita de café. Em 2023, mais do que dobrou, passando para 2.650 hectares. Já a produção, que era de 1.340 toneladas, saltou para 5.027.

A pecuária, no entanto, fez o caminho inverso. Em 2013, eram 244.985 cabeças de gado; em 2023, baixou para 226.147. A produção de leite caiu de 49,665 milhões de litros para apenas 24,054 milhões no mesmo período.

Em Ponto Belo não foi diferente. A produção de leite, que era de 5,222 milhões de litros em 2013, passou para 3,673 milhões em 2023. A produção de café, no entanto, subiu de 434 toneladas para 900 em 10 anos. O rebanho caiu de 53.033 cabeças para 47.110.

Acostumado com a lida diária no campo, o engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura de Ecoporanga, Wanderson da Costa Silva, acompanha de perto essa mudança. Para ele, a substituição da pecuária pela cafeicultura no município tem vários motivos, entre eles a maior rentabilidade do café em relação ao leite.

“Os produtores estão migrando da pecuária de corte e leite para o café. Isso é nítido, a cafeicultura cresceu muito aqui nos últimos anos. A rentabilidade do café é, com certeza, um grande atrativo. O café está com uma lucratividade alta, enquanto o leite diminuiu seu ganho. Para se manter na atividade do leite está complicado”, explica o engenheiro.

Na opinião de Wanderson, a falta de mão de obra também contribui para a mudança. “Não que seja fácil encontrar pessoas para trabalhar no café. Mas, se para o café está difícil, para o leite nem se compara”.

Foi justamente a baixa rentabilidade das pequenas propriedades e o alto custo das vacas leiteiras e dos equipamentos que levaram Lucas Fonseca Leite a deixar a pecuária e migrar para a agricultura. Lucas é meeiro dos pais e toca uma área de seis hectares na Fazenda Duas Pedras, Córrego Lageado, distrito de Itamira, em Ponto Belo.

Baixa rentabilidade das pequenas propriedades e alto custo das vacas leiteiras, fizeram Lucas migrar para cafeicultura. FOTO: Arquivo pessoal

“Fiz contas e vi que o café seria mais rentável. Na pequena propriedade, o café é mais rentável que o leite. Já tenho horta hidropônica e este ano comecei a investir no café”, conta.

Lucas já plantou 4.100 mudas há pouco mais de seis meses e pretende dar sequência para crescer no cultivo. “Nossa região é bem voltada para a pecuária, raramente você via uma lavoura. Mas nos últimos anos, não sei se devido ao preço do café, já vemos muitas pessoas migrando. O café está ganhando espaço. Tenho vizinhos que começaram antes de mim, outro que vai começar este ano, a maioria dessas pessoas trabalhava com leite”, relata o produtor.

Terras baratas e planas atraem produtores para a região
Montanha, que tem na carne de sol, iguaria feita com carne bovina, um símbolo da cidade, também caminha na mesma direção. Segundo Elson Soares da Paixão, secretário de Agricultura do município, nos últimos anos é notável a migração do setor agropecuário para a agricultura. 

“Com o passar do tempo e por meio de cálculos, percebeu-se que o investimento na agricultura é muito mais lucrativo do que o setor pecuário. Com isso, temos um avanço muito significativo, principalmente no cultivo de café conilon, pimenta-do-reino, mamão e banana”, destaca o secretário. 

Já a atração de produtores de várias regiões do estado para Montanha, Elson atribui ao relevo do município. Para ele, essa expansão está só no começo. “Nossa cidade, por ser agraciada por uma topografia plana e solo fértil, tem atraído famílias de todo o estado, que compram propriedades ou fazem arrendamentos para investir principalmente na agricultura. Hoje, o café está dominando. A cafeicultura de Montanha, nos próximos anos, vai crescer muito”, aponta Elson.

Cafeicultor e viveirista em Marilândia, no Noroeste capixaba, Vagner Teles chegou a Montanha em 2016 para instalar um viveiro de mudas de café. Como gostou do relevo do local, arrendou uma propriedade e formou um cafezal. Por um tempo, conciliou as duas ocupações, mas há dois anos decidiu parar com o viveiro e se dedicar somente às lavouras.

Vagner trocou Marilândia por Montanha motivado pelo preço das terras e possibilidade de mecanização da lavoura. FOTO: arquivo pessoal

No início, Vagner lembra que continuou morando em Marilândia e ia a Montanha trabalhar, mas hoje mora no município. Com dois terrenos próprios, e não mais arrendados, que totalizam oito alqueires de terra, Vagner destaca as motivações para trocar Marilândia por Montanha: valor da terra e topografia plana.

“É uma realidade completamente diferente da que vivia em Marilândia. Aqui há máquinas que pulverizam, aplicam herbicidas e adubos, que recolhem lona na colheita, adiantam o processo e barateiam o custo da operação. Sem contar que é bem mais tranquilo, não tem morro, e o colaborador trabalha com mais qualidade”, enfatiza. 

Sobre o investimento na aquisição de terra, Vagner lembra que a diferença de preço, na época, era muito grande e, segundo ele, continua significativa. “Uma terra limpa aqui custava R$ 70 mil o alqueire; em Marilândia, ficava em torno de 300 a 400 mil reais. Hoje, aqui se fala em R$ 300 mil a R$ 350 mil, dependendo do que tem na propriedade. Em Marilândia, continua muito caro, meio sem noção, algo em torno de um milhão por alqueire”.  

O valor das terras também foi o que levou a família Dadalto para Ecoporanga. Elivelton, juntamente com o irmão Dheferson e o pai Ademir, decidiu vender um terreno de 15 alqueires em Nova Venécia para comprar um de 47 alqueires no município vizinho. 

“Atualmente, o preço já está entre R$ 300 mil e R$ 400 mil reais o alqueire, de terra limpa, sem nada, mas, em 2021, quando compramos, pagamos R$ 80 mil o alqueire e vendemos nossa propriedade por R$ 266 mil o alqueire. Para nós, foi uma ótima oportunidade de negócio, com terras a um valor muito atrativo”, pontua o cafeicultor. 

O valor das terras foi atrativo para família Dadalto investir em Ecoporanga. FOTO: Arquivo pessoal

Elivelton disse ainda que a propriedade já está toda estruturada. São 120 hectares de café, seis de pimenta-do-reino plantados e mais sete hectares preparados para plantar mais pimenta. Para Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o crescimento da agricultura na região está diretamente ligado ao preço das terras. 

“Essa é a última fronteira agrícola em larga escala e tem muitos atrativos; o primeiro é o preço das terras, que lá ainda são mais baratas. Notamos um fluxo de grandes produtores investindo mais ao norte, nessa região de Ecoporanga, passando por Mucurici, Ponto Belo e Montanha. Há 20 anos, era só pecuária de corte e leite, e hoje já observamos essa diversificação, o que é muito salutar para a geração de emprego e renda”, salienta Bergoli.

 

Diversificação
Paulemar Aleandro Siqueira, do sítio Sombra da Mata, Córrego da Água Branca, no distrito de Ribeirãozinho, em Ecoporanga, foi, como ele mesmo diz, “criado e lapidado dentro do curral”. Ele faz parte da quarta geração de uma família de pecuaristas e, mesmo enfrentando o preconceito dos familiares, que eram contra, começou a plantar café. 

Paulemar Aleandro Siqueira, de Ecoporanga, resolveu plantar café para diversificar a renda. FOTO: arquivo pessoal

“A minha maior fonte de renda hoje é a cafeicultura. Parei com a pecuária de leite, mas, como a pecuária está no sangue, fiquei com o gado de corte, cerca de 40 a 50 cabeças”, disse o produtor. A cafeicultura passou a fazer parte da vida da família em 2017. Após a severa estiagem que atingiu o estado, Paulemar viu na produção de café uma opção de segunda renda para sobreviver no campo. 

Ele lembra que, quando voltou a chover, restavam apenas oito novilhas, oito vacas e um valor em dinheiro depositado no banco. Foi com esse recurso que, com o apoio da esposa e de um engenheiro agrônomo, que ajudou na tomada de decisão, plantou as primeiras 2.500 mudas de conilon. Atualmente, já são 60 mil plantas e algumas áreas prontas para formar novas lavouras. 

Na comunidade onde mora, apenas a propriedade de Paulemar produz café. No entanto, ele observa que, aos poucos, os produtores do município estão aprendendo a diversificar, especialmente após a seca.

A família da jovem Lorena Costa Luz, de apenas 21 anos, começa a trilhar o mesmo caminho de Paulemar. Ela mora com os pais e a irmã na Fazenda Boa Vista, Córrego do Lageado, a 30 quilômetros do centro de Ponto Belo. Por lá, tanto a história e a tradição com a criação de bovinos quanto a iniciativa de investir em agricultura, mais especificamente no café, para diversificação de renda, se repetem.

Cansados da lida diária e trabalhosa com o leite e do pouco retorno financeiro, já citado nesta reportagem por alguns dos personagens como motivação para a substituição total ou parcial da pecuária pela agricultura, a família se prepara para iniciar o cultivo de café e, assim, ter outra opção de renda.

“Não vemos retorno com o leite e vamos plantar café para mudar o nosso lucro. Pretendemos começar já em outubro deste ano. Vamos plantar três hectares por enquanto, mas pretendemos plantar mais à medida que formos vendo resultados. Vamos parar com a pecuária de leite e ficar apenas com o gado de corte”, conta Lorena.

Na fazenda, que tem 28 alqueires, bem antes da ideia de plantar café, Lorena também já investe na fruticultura, em pequena escala. São cerca de 20 pés de cajá, acerola, graviola e goiaba, para produção de polpa de frutas.

Sem nenhum conhecimento sobre cafeicultura, enquanto não inicia o plantio, a família busca informações sobre o cultivo do grão. “Estamos visitando fazendas que já produzem café e conversando com agrônomos, técnicos do Incaper e vendedores de produtos agrícolas para saber mais sobre o assunto”, explica.

Enésio Francisco de Oliveira, coordenador do Escritório Local de Desenvolvimento Rural do Incaper em Ponto Belo, conta que, assim como Lorena, muitos pecuaristas procuram orientações e informações sobre a cafeicultura.

“Existe uma maior procura, sobretudo por parte de pequenos produtores, para implantação de novas lavouras, demandando informações quanto à utilização de novas tecnologias e produtos, novos materiais, como clones, variedades, sistemas de irrigação, espaçamentos, adensamento de plantas, número de plantas e de hastes por hectare, e até mesmo uma maior procura por crédito rural”, ressalta o profissional.

De olho nesse movimento, há quatro anos, Paulemar, ao lado da esposa Adriane e da filha Milena, juntamente com o engenheiro agrônomo Rogério Gomes da Silva, criou o Conilon Tec, um evento com profissionais ligados à cafeicultura para disseminação da cultura cafeeira.

O Conilon Tec foi criado para incentivar a diversificação de culturas e o cultivo do café no município. Foto: arquivo pessoal

“Já realizamos três edições do Conilon Tec, aqui mesmo no sítio, com o objetivo de levar conhecimento e incentivar a cafeicultura, ensinar o produtor a diversificar para a agricultura na região e, assim, não ficar refém da pecuária.”

Sucessão familiar
Terras baratas, topografia favorável, maior ganho do café em relação ao leite, diversificação de produção. Todos esses motivos pontuados pelos entrevistados vêm acompanhados de outro item silencioso, porém não menos importante: a falta de sucessão familiar nas fazendas de pecuária.

Wanderson disse que é comum a venda de propriedades por falta de sucessão. “A sucessão familiar é mais um fator que influencia essa expansão. Quem compra as fazendas de gado vendidas por falta de sucessão geralmente não continua na atividade e planta café”, enfatiza.

Assim como Wanderson, da secretaria de Agricultura de Ecoporanga, Elson, secretário em Montanha, também cita a falta de sucessão familiar como um dos fatores para esse crescimento.

“Os proprietários foram ficando idosos, sem condições de tocar suas propriedades. Seus filhos foram para grandes cidades estudar, e a maioria não tem interesse em voltar para continuar a atividade exercida por seus pais, causando, assim, a venda de muitas propriedades”, relata.

O extensionista do Incaper em Mucurici, Felipe Lopes Neves, explica que “a sucessão rural na pecuária não é tão atrativa devido ao preço do leite e do corte, o que acaba dificultando a sucessão. Essas propriedades estão indo para as mãos de agricultores que, com pouca área, conseguem explorar e ter ganhos maiores”.

Enésio classifica essa realidade como importante e preocupante. “Percebemos hoje o questionamento por parte dos proprietários quanto à aplicação de tempo e recursos nas atividades rurais frente à falta de continuidade do trabalho por filhos e familiares”, conta o coordenador.

Tecnologia
O aumento da produção de café no Extremo Norte vem acompanhado da construção de barragens, ampliação das áreas irrigadas e instalação de equipamentos de irrigação de última geração. Esse é, justamente, de acordo com o secretário de Estado da Agricultura, um dos motivos para o desenvolvimento do Extremo Norte.

“Nessa região, os produtores se capitalizaram muito. Temos grandes famílias produtoras, que têm expertise com agricultura, apostam em alta tecnologia e estão investindo nesses municípios”, frisa Enio Bergoli.

Dados do Idaf mostram o crescimento no número de pedidos de liberação de barragens nos municípios do extremo Norte. Foto: arquivo

Há 15 anos, Alan Jhony Lima Legora tem uma loja de equipamentos para irrigação em Montanha. Ele conta que, ao longo dos anos, viu a procura pela tecnologia disparar. Se, quando começou, a demanda era por irrigação em aspersão para atender à pecuária, hoje ele brinca dizendo que “a cada 10 pedidos de projetos que chegam, 11 são para cafeicultura, pimenta e mamão. Cerca de 90% são só para o café”.

Segundo Alan, a procura por equipamentos de irrigação começou a crescer em Montanha há cerca de 10 anos, e, nos últimos seis anos, houve um boom. Já em Mucurici, esse crescimento significativo acontece há cerca de três anos.

Com clientes em Mucurici, Montanha e Ponto Belo, o empresário diz que é comum chegarem até ele pessoas desconhecidas, vindas de outras regiões, para investir na agricultura.

“Cerca de 80% de quem chega de fora vem para Montanha, e o restante para Mucurici, municípios com uma agricultura mais empresarial. Ponto Belo é mais voltado para a agricultura familiar, é uma região onde há mais morros, e quem está plantando café são os pecuaristas que moram no município e estão aproveitando áreas baixas das propriedades”, explica.

Parte da percepção de Alan pode ser confirmada no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). De acordo com o órgão, o número de pedidos de regularização de barragens nesses municípios vem crescendo.

Para se ter uma ideia, em 2020, o Idaf regularizou apenas 11 barragens em Montanha; em 2024, foram 27. Em Mucurici, passou de 14 em 2020 para 18 em 2024. É importante ressaltar que o Idaf regulariza apenas reservatórios maiores que um hectare. Barragens com menos de 1 hectare são dispensadas de licença, ou seja, o número de barragens construídas pode ser muito superior.

“Há muitos produtores que estão construindo pequenas e médias barragens de terra, bem como ampliando e reformando. Temos hoje, em Ponto Belo, grandes reservatórios de água utilizados na irrigação das lavouras e relatos da secretaria municipal de agricultura de um aumento de mais de duzentos por cento na procura pelos serviços. Outro fator que chama a atenção é o aumento nos pedidos de solicitações e dispensas de outorgas para fins de irrigação, que cresceu muito”, esclarece Enésio. 

Como exemplo de investimento em tecnologia na região, as famílias Orlete e Schumacher instalarão 11 pivôs centrais em Mucurici, onde têm planos de cultivar cerca de 450 a 500 hectares de café. Desses, dois estão em funcionamento, três já estão na propriedade e aguardam instalação, e outros seis serão montados até maio de 2026.

“É uma região com fazendas grandes e baixas que eram usadas na pecuária. São municípios com bastante água, e a agricultura está migrando para essas áreas. A estrutura para abrir uma fazenda dessas não é pequena, tem que ser muito bem planejada, e os investimentos em tecnologia são altos”, explica Miguel.

Fonte: Conexão Safra

 

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