T Ó P I C O : O café pode combater a dengue
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O café pode combater a dengue
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 11/07/2025 12:25:01
Leonardo Assad Aoun comentou em: 11/07/2025 11:54
O café pode combater a dengue
O estudo abre novas possibilidades no uso de subprodutos da cafeicultura
O estudo abre novas possibilidades no uso de subprodutos da cafeicultura - Foto: Canva
Uma pesquisa inovadora da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com apoio do Consórcio Pesquisa Café e coordenação da Embrapa Café, revelou que extratos de cafés considerados de baixa qualidade podem ser aliados no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A pesquisa desenvolveu a “Solução Inovadora 5”, a partir de extratos de café verde e torrado, com potencial larvicida promissor.
Os extratos foram obtidos por refluxo sólido-líquido com metanol, extraindo compostos bioativos do café. A análise química feita por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE/HPLC) identificou cafeína, ácido cafeico e ácido clorogênico. Um destaque foi a presença de catequina apenas nos extratos de café torrado, sugerindo que o processo de torrefação influência na eficácia da fórmula.
Nos testes de laboratório, as formulações foram aplicadas em larvas do Aedes aegypti na fase de terceiro instar, uma das mais resistentes. O melhor desempenho foi da mistura de extrato de café torrado com Tween 80® (CTT), um emulsificante usado em alimentos e cosméticos, na concentração de 4 mg/mL. Essa formulação atingiu 99,2% de mortalidade das larvas em 72 horas.
O estudo abre novas possibilidades no uso de subprodutos da cafeicultura como alternativa aos inseticidas químicos, promovendo sustentabilidade e inovação. A solução desenvolvida pode representar um avanço no controle de doenças transmitidas por mosquitos, aproveitando resíduos agrícolas com impacto positivo para a saúde pública.
“Transformar um subproduto de baixo valor em uma solução inovadora, sustentável e de baixo custo para o manejo do Aedes aegypti demonstra alinhamento com os princípios da economia circular e da sustentabilidade”, diz a coordenadora da pesquisa, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante.
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