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T Ó P I C O : Safra de café da Colômbia enfrenta perdas com excesso de chuvas

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Safra de café da Colômbia enfrenta perdas com excesso de chuvas


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 28/05/2025 16:49:17


Leonardo Assad Aoun comentou em: 28/05/2025 16:35

 

Safra de café da Colômbia enfrenta perdas com excesso de chuvas

 

Com a queda da colheita no país, déficit mundial de café pode chegar a 800 mil sacas em 2025/26

Por Isadora Camargo — São Paulo/Globo Rural

Chuvas têm prejudicado a safra de cafe da Colômbia

Chuvas têm prejudicado a safra de cafe da Colômbia — Foto: CIAT/CCommons

O excesso de chuvas nas regiões cafeeiras da Colômbia estão prejudicando a colheita 2025/26 da safra Mitaca, nome dado à segunda temporada e a principal do país. Além de dificultar o trabalho de campo, o clima úmido ameaça o desenvolvimento dos cafezais, o que levou a consultoria Hedgepoint Global Markets a revisar para baixo suas estimativas de produção do arábica.

A projeção caiu de 12,9 milhões para 12,4 milhões de sacas, uma redução de 0,7% em relação ao ciclo anterior (2024/25). A queda na produção também deve impactar as exportações colombianas. “Uma safra menor deve limitar os embarques em 2025/26. Com isso, os volumes exportados podem atingir 13,1 milhões de sacas, 4,6% abaixo do registrado em 2024/25”, afirmou, em nota, Laleska Moda, analista de inteligência de mercado da consultoria.

Para ela, o país vai continuar importando grão de outras origens, entre elas o Brasil, para cumprir os compromissos externos.

Nesta semana, a Federação de Café Colombiana divulgou sua projeção para o final do atual ciclo do arábica - de 2024/25 - e a expectativa é de crescimento de 17,5%, para 15 milhões de sacas de 60 quilos. Atualmente, o país é o terceiro maior produtor de café, atrás do Brasil e do Vietnã e é o líder na produção de arábica lavado.

A federação confirmou, porém, que as chuvas atuais já atrasam a colheita de 2025/26 em seis semanas. O atraso pautou os indicadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que, na semana passada, também divulgou suas primeiras previsões para a próxima temporada. O órgão estima uma produção de 12,5 milhões de sacas na Colômbia em 25/26, queda de 5,6% frente ao ciclo anterior, e uma retração de 4,1% nas exportações, que devem somar 11,8 milhões de sacas.

Com a revisão para baixo da safra colombiana, a Hedgepoint também ajustou seu balanço global de oferta e demanda, agora prevendo um déficit de 800 mil sacas em 2025/26. “Apesar da perspectiva mais altista no médio e longo prazo, os preços futuros caíram nos últimos dias, refletindo a expectativa de melhora da oferta global com o avanço das colheitas no Brasil e na Indonésia”, explicou Laleska.

Outros mercados

Na Indonésia, a colheita da nova temporada ganha ritmo, aumentando a disponibilidade de café no mercado. Essa maior oferta contribuiu para a queda recente nos diferenciais asiáticos.

Os estoques certificados de arábica também cresceram em maio, impulsionados por cafés da América Central.

Cenário brasileiro

Diferente da Colômbia, o cenário brasileiro é de tempo seco, o que favorece a colheita, que está em ritmo acelerado nas regiões de conilon, em especial no Espírito Santo. O relatório da Hedgepoint destaca, porém, que o maior percentual de grãos colhidos devem acontecer em junho, quando o mercado terá mais certeza sobre o volume da safra.

Os números irão mexer com as cotações dos mercados físico e internacional. “A recente previsão de temperaturas mais baixas em algumas áreas produtoras não representa, por ora, risco de geadas — o que tende a pressionar os preços para baixo”, diz o relatório.

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