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T Ó P I C O : Marco Zero da Rota Nacional do Café

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Marco Zero da Rota Nacional do Café


Autor: Leonardo Assad Aoun

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Último comentário neste tópico em: 14/09/2025 00:36:48


Leonardo Assad Aoun comentou em: 14/09/2025 00:54

 

Marco Zero da Rota Nacional do Café

 

Estes dias, li aqui no blog, com muito entusiasmo, a notícia de que Varginha recebeu o marco zero da Rota Nacional do Café.

O café é nosso principal bem agrícola, e a cidade é uma referência em toda a cadeia produtiva, do cultivo à distribuição do grão. É muito comum vermos, pelo mundo afora, produtos associados a determinadas regiões — e que funcionam como verdadeiros “garotos-propaganda” de uma ampla rede, inclusive turística, ajudando na sustentabilidade e autonomia desses locais. Com a Rota do Café, a cidade tende a fortalecer ainda mais sua identidade com o grão.

Diante de tudo isso, fiquei pensando em como essa história do café pode se relacionar com o que escrevo aqui no blog: a música.

O café é uma cultura agrária. Interessante notar que a palavra “cultura” tem origem no verbo “cultivar”, o que a relaciona com o ato de trabalhar a terra. Em outro sentido, a arte — da qual a música faz parte — é também uma forma de cultura: a cultura da humanidade e das sociedades.

Cultura pode ser, em síntese, “o patrimônio comum de histórias que mantém unida uma sociedade”, como disse Dietrich Schwanitz em seu livro Cultura Geral. Uma palavra podendo conectar realidades aparentemente distantes: café e música.

De uns tempos para cá, o café (apesar da recente alta no preço!) tem sido cada vez mais valorizado pela população — desde o simples cafezinho que tomamos ao acordar até as cafeterias estilizadas, com seus grãos premiados e variados métodos de preparo. A Rota do Café pode incentivar, a meu ver, o consumidor a conhecer mais profundamente as etapas e a história do grão que chega à sua xícara. Ou seja, a partir do gostoso hábito de tomar café, apaixonar-se também por todo o processo que ele percorre e, por que não, apreciar ainda mais essa bebida?

Com a música pode acontecer o mesmo. Podemos escutar uma música e simplesmente gostar (o que já é profundamente válido!). Porém, conhecê-la melhor, perceber alguns detalhes na sua construção pode fazer com que nos apaixonemos mais por ela.

Além disso, outro ponto de contato interessante entre o café e a música é o processo de transformação. Reparem que o próprio grão do café sofre transformações — do plantio à colheita, da secagem ao empacotamento. Mas não é só isso. Sua produção transforma também a sociedade à sua volta: gera empregos, movimenta o comércio, influencia o cotidiano das pessoas.

A música, da mesma forma, também pode transformar. Seja em sua “apresentação” — como no caso da canção Céu de Santo Amaro, inspirada em uma melodia composta de 1723 —, seja em seu impacto na vida em comunidade. A música agrega valores humanos, sociais e afetivos. Cito a experiência de fazer música em conjunto como um exercício do que seja viver em sociedade: para tocar ou cantar junto, é preciso respeitar, saber ouvir, dialogar. Tudo isso com o objetivo de apresentar um resultado de excelência; de transformar.

Assim como o café.

Fonte: Blog do Madeira

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