T Ó P I C O : Oxbo inaugura fábrica de máquinas para café e milho por R$ 50 milhões
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Oxbo inaugura fábrica de máquinas para café e milho por R$ 50 milhões
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 14/03/2025 08:49:24
Leonardo Assad Aoun comentou em: 14/03/2025 08:51
Oxbo inaugura fábrica de máquinas para café e milho por R$ 50 milhões
Unidade no Triãngulo Mineiro vai substituir planta em Cruz Alta (RS), que vai fechar as portas
Por Eliane Silva — Uberaba (MG), para o Valor/Globo Rural
Colhedora de café arábica da Oxbo — Foto: Eliane Silva
Com um investimento de R$ 50 milhões e foco no café e sementes de milho, a Oxbo, empresa holandesa que lidera o mercado mundial de máquinas para colheitas de culturas especiais, inaugurou nesta quinta-feira (13/3) no Distrito Industrial de Uberaba, no Triângulo Mineiro, uma fábrica de 95 mil metros quadrados construída em apenas quatro meses.
Com capacidade de produzir uma máquina a cada oito horas, a unidade vai substituir a indústria da Oxbo de Cruz Alta (RS), inaugurada em 2015, que fecha as portas em seis meses. A mudança para a Região Sudeste visa estar mais próxima dos potenciais clientes de café e milho e apoiar o crescimento da companhia no Brasil e na América do Sul.
Com a nova planta, o faturamento estimado no Brasil para este ano é de R$ 200 milhões, o dobro do ano passado. Globalmente, a Oxbo, cujo nome significa canga de boi (uma alusão às várias fusões que formaram a empresa de 60 anos), fatura 400 milhões de euros.
Linhas de produção
Inicialmente, a indústria em Minas Gerais vai produzir colhedoras de café, inclusive para café conilon, e de sementes de milho, além de uma automotriz que corta os pêndulos do milho para permitir a produção das sementes, que entrou no mercado em 2021.
Os planos, no entanto, segundo o CTO (diretor de tecnologia) Leonardo Ungaretti, incluem a tropicalização e posterior fabricação in loco de máquinas trazidas dos Estados Unidos para colher tomate, batata e forragem.
“Por exemplo, o plantio de tomates é totalmente diferente no Brasil na comparação com EUA ou Europa. Vamos trazer a máquina, estudar por um ano, ouvir produtores e adaptá-la às condições da cultura para produzir aqui.”
O brasileiro, ex-executivo da AGCO e CNH que mora na Europa e trabalha na Oxbo há quatro anos, diz que o foco da empresa sempre foi o desenvolvimento de equipamentos com inovação e alta tecnologia para atender nichos de mercado com máquinas eficientes e muita tecnologia embarcada.
“Não temos interesse em produzir tratores e colhedoras de soja. Nós fabricamos aquilo que as grandes indústrias de máquinas agrícolas como John Deere, AGCO e CNH não fabricam.”
Solução para o café
Ele explica que o investimento da empresa no mercado brasileiro, que deve dobrar no prazo de cinco anos, se deve ao potencial do Brasil no campo, especialmente no café, além de o país ser base para exportações de equipamentos para a América do Sul e Central. A unidade gaúcha já exporta para o México.
Eric Oliveira, gerente comercial da Oxbo que está na empresa desde o início das atividades no Brasil, diz que a colhedora de café, projeto que estava no portfólio da empresa desde a compra da americana Korvan em 1985, mas teve sua produção descontinuada, foi desenvolvida durante três anos no Brasil antes do início das vendas.
A empresa — que produz anualmente 5 mil máquinas em suas dez fábricas nos Estados Unidos, Holanda, França, Inglaterra e Brasil — diz que diferentemente das colhedoras de nicho, como de ervilha e batata, que são vendidas para grandes indústrias, o foco no café são os pequenos e médios produtores, e não apenas os grandes.
“Estimamos que, da área de 2 milhões de hectares de café no Brasil, metade é mecanizável, o que sugere um mercado anual de 300 a 400 máquinas automotrizes e tracionadas. Um produtor de 50 hectares de café já é um potencial cliente para nossos equipamentos que têm muita tecnologia embarcada e vão oferecer muita eficiência para uma cultura que já sofre com escassez de mão-de-obra”, diz Oliveira.
A colhedora de café da Oxbo custa cerca de R$ 1,5 milhão. Atualmente, rodam no país cerca de 500 máquinas da marca para colheita de milho e café, incluindo 50 modelos para o conilon, planta com características bem diferentes do tipo arábica. A colhedora Conilon Max, última máquina a ser desenvolvida pela multinacional que tem sede na Holanda, começou a ser vendida no ano passado. Outras 30 máquinas importadas dos Estados Unidos atendem no Brasil as colheitas de ervilha, milho verde e acerola.
Além da Conilon Max, a unidade de Uberaba vai produzir a colhedora de café Oxbo 9420+, a colhedora Oxbo 2560, para milho semente, e o despendador Oxbo 5175.
*A jornalista viajou a convite da Oxbo
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