T Ó P I C O : Pesquisas da Epamig buscam desenvolvimento de novas cultivares de café
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Pesquisas da Epamig buscam desenvolvimento de novas cultivares de café
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 21/11/2024 12:50:20
Leonardo Assad Aoun comentou em: 21/11/2024 12:59
Pesquisas da Epamig buscam desenvolvimento de novas cultivares de café
Programa da empresa em parceria com universidades e instituições registrou 21 cultivares com características diferenciadas
O melhoramento genético do cafeeiro é crucial para aumentar a produtividade, assegurar resistência a pragas e doenças. Além de desenvolver tolerância a estresses abióticos, melhorar a adaptação ao ambiente de cultivo e a qualidade de bebida. Ao longo dos anos, pois, vários foram os avanços alcançados pelas pesquisas em melhoramento genético de cultivares adaptadas às várias regiões do país. Nesse sentido, há pesquisas que buscam o desenvolvimento de novas cultivares de café. A publicação é da Agência Minas.
Novas cultivares de café
De antemão, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que há cinco décadas atua no desenvolvimento de novas tecnologias agropecuárias, já registrou 21 cultivares. Isso com variadas características de interesse para cafeicultores e consumidores, prosseguindo na avaliação de novos materiais. Inclusive, os estudos acontecem em parcerias com universidades e outras instituições de pesquisa.
“Mesmo com esses grandes patamares alcançados, precisamos avançar muito mais nas pesquisas e na difusão de tecnologia. O melhoramento genético é uma ferramenta essencial para enfrentar os desafios atuais e futuros da produção de café. Garantindo, assim, a viabilidade econômica e ambiental do cultivo”, afirma a pesquisadora da Epamig, Vanessa Figueiredo.
Produtividade
O interesse pelo plantio de cultivares mais tolerantes ao déficit hídrico e com maior potencial para produção de cafés especiais tem aumentado significativamente nos últimos anos. Isso em decorrência de diversas intempéries climáticas e, ainda, da crescente demanda por alta qualidade de bebida, continua Vanessa.
“Isso norteia o trabalho da pesquisa na busca não só pela produtividade, mas também por várias outras características, como o porte da planta, época de maturação (precoce, média e tardia), uniformidade da maturação, tamanho dos grãos/peneira, rendimento, perfis de sabor e aroma, além da promoção de práticas mais sustentáveis e medidas que impactem na valorização do produto”, conclui.
Hibridação e polinização manual
Por outro lado, uma importante etapa do melhoramento genético é a hibridação. A técnica consiste no cruzamento de diferentes materiais que pode ser feito, inclusive, de forma manual. Como explica a seguir o pesquisador da Epamig César Botelho.
“De dois a três dias antes da florada a gente faz o processo da emasculação, que consiste na retirada da parte masculina da flor. Evitando, assim, a polinização natural e permitindo um controle mais preciso sobre os cruzamentos. Na sequência, a gente protege o ramo com um saco de papel e, no dia da abertura da florada, fazemos a polinização manual com flores abertas (pólen) de cultivares com as características desejadas”, detalha.
Em meados de outubro, os pesquisadores César Botelho, Vanessa Figueiredo e Dênis Nadaleti realizaram este procedimento em alguns exemplares cultivados no Campo Experimental de Três Pontas.
“Todo este processo foi demarcado com as identificações necessárias para acompanhamento posterior e coleta dos frutos até a colheita. Uma prática que requer muita dedicação e que no futuro poderá resultar em uma nova cultivar”, afirma Dênis.
Crédito foto: Vanessa Figueiredo / Epamig
Fonte: Hub do Café
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