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T Ó P I C O : Querer mudar é o início!

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Querer mudar é o início!


Autor: Jorge Castro

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3 comentários

Último comentário neste tópico em: 12/02/2017 16:45:30


Jorge Castro comentou em: 12/02/2017 13:22

 

Querer mudar é o início!

 

Todos nós vivemos um processo de evolução contínua, mesmo que inconscientemente. O dia a dia, o convívio com as pessoas e as situações que vivemos são campos experimentais onde devemos atuar e estar atentos para aprender os grandes ensinamentos neles contidos. Eis que, quando nos damos conta de determinados conceitos equivocados que possuíamos, deparamo-nos diante da escolha entre o novo e o velho ser. E, muitas vezes, apesar de vislumbrarmos e querermos o novo, resistimos em abandonar o velho. Por que isso acontece?

Vamos imaginar que vivemos há algum tempo em uma determinada casa e, gradualmente, ajeitamos esta casa da maneira que nos é mais prático, aconchegante e acolhedor. E, se olharmos com a devida atenção, o espaço físico de nossa casa reflete o nosso interno, o nosso mental, nossos pensamentos e convicções. Em determinado momento, tomamos a decisão de mudar de casa, seja por qual motivo for. A decisão de mudar é algo que pesamos muito, não é mesmo? Afinal, esse é um processo que requer muito esforço, tirar tudo do lugar, para colocar tudo no lugar novamente! É um processo que requer desapegar-se, pois vislumbramos nosso cantinho seguro. Assim como o ego nos prende a ideias fixas, ele também nos amarra ao apego do que acreditamos que seja nosso.  Olhamos para a mudança como algo doloroso. E, com isso, passamos a nos distanciar dos nossos desejos mais profundos, mais internos.

Mas então como nos preparamos para essa mudança?
Do começo!

Olhamos para a casa inteira e sabemos que temos que começar por algum cômodo. Aí pegamos a primeira caixa e começamos a encaixotar tudo o que possuímos. Nesse exercício, temos a oportunidade de olhar para cada objeto, fazer um exame para ver se realmente precisamos dele e tomar a decisão de descartá-lo ou levá-lo conosco para a casa nova. Começamos, assim, a exercitar o desapego. Coisas que não servem mais devem dar lugar às oportunidades novas, com as quais possuímos mais afinidade e que vão de encontro com o nosso processo atual de evolução. Pois bem, quando começamos o processo de embalar nossos pertences, temos a falsa impressão de que nunca terminaremos. No começo, somos mais diligentes, mas, conforme o tempo urge, começamos a negligenciar alguns processos e acabamos por levar para a casa nova muita coisa que nem precisávamos. Não seria assim em nossas vidas também? Todo começo de ano, colocamo-nos o propósito de fazer várias mudanças em nossos hábitos e começamos com muito ânimo e entusiasmo. Mas, conforme o ano passa, esquecemos nossas promessas e voltamos à nossa velha rotina. Por que não executamos as mudanças às quais nos propusemos? Ainda, por quê colocamos uma delimitação de tempo para começarmos nossa mudança? Porque é mais cômodo deixar para depois. Talvez porque saibamos que, a partir do momento quepassamos a ter mais consciência e autoconhecimento, passamos também a ter maior responsabilidade pelas nossas vidas.

Pois então, voltando à mudança de casa, depois de todo o exercício de seleção e embalagem, chega a hora da mudança em si, onde todos os nossos objetos encontram-se em caixas e devemos começar a organizar, um a um, e achar um novo lugar para cada um deles. Colocamo-nos o propósito de sermos mais organizados e tentamos fazer com que o novo lar seja mais aconchegante e organizado do que o anterior. Mas, mesmo com todo o processo de mudança, conseguimos mudar os nossos hábitos?

Se pensarmos que o nosso corpo material, juntamente com a nossa mente, é o lar do nosso espírito, será que, ao menos, tentamos fazer com que esse lar seja o mais aconchegante e agradável para o ser mais ilustre de nossa existência? Não deveríamos fazer o mesmo exercício de olhar para cada pensamento, sentimento, lembrança, convicção, preconceito, conceito dentro de nós mesmos, a fim de flagrá-los em atuação e selecionarmos os que nos servem e os que deveriam ser descartados? É simples: se esse pensamento não te faz sentir bem, mude o pensamento. Se esse sentimento lhe causa dor, mude o sentimento. Se o que você está fazendo o coloca em conflito consigo mesmo, mude de atitude! As pessoas tendem a achar que “é assim que tem que ser”. Entretanto, sempre há algo que podemos fazer quando realmente decidimos mudar.

Vamos partir do pressuposto que tenhamos feito esse autoexame e tenhamos identificado algo que devemos mudar, abandonar, porque compreendemos que será importante para o nosso processo, para que sejamos mais livres, para que sejamos mais felizes. Quão dispostos estamos a deixar a complacência de lado e a efetuar, de fato, essas mudanças?

Vejam como a natureza é sábia e nos ensina através de suas transformações contínuas. A lagarta nasce do ovo da borboleta. Come e cresce rapidamente, antes de passar pelo estágio que se chama crisálida ou pupa. Nesse momento, a lagarta sabe que deve passar por um grande processo de transformação, de mudança. Ela para de se alimentar e pacientemente constrói seu casulo, onde passará um tempo se preparando para se tornar uma borboleta. Quando o momento chega, ela abandona seu casulo e abre suas maravilhosas asas e vive o que ela veio para viver desde que nasceu: a liberdade. A borboleta alça voo.

Através da natureza aprendemos tudo o que precisamos para nos tornarmos seres mais livres e felizes. Ao iniciar seu processo, a lagarta nos ensina, em primeiro lugar, a confiança e a entrega. Ela sabe que algo muito maior a espera e, para que isso seja realidade, ela inicia um processo de trabalho árduo e direcionado ao bem maior. Ela já determinou dentro dela o que vai acontecer. Ela começa uma construção complexa, que exige muito esforço, que servirá de abrigo durante o tempo necessário para que suas asas se desenvolvam.

Porém, ao final desse processo, a borboleta olha para o casulo, com gratidão e reverência à proteção que este lhe deu durante essa fase, e compreende que está na hora de abandoná-lo, que isso é fundamental para que a linda e colorida borboleta possa desabrochar. Claro que neste momento a borboleta não tem controle do que acontecerá do lado de fora do casulo, mas ela trabalhou dentro de si as condições necessárias para determinar o controle em seu interior, e determinar como irá se comportar em relação a esse estímulo exterior. Ela confia, acredita. E isso é fundamental.  Primeiramente, devemos fazer existir dentro de nós aquilo que queremos, o máximo possível fora das artimanhas do ego. Durante o nosso processo, quantas vezes flagramos nosso ego construindo um grande muro ao nosso redor, que nos dará a falsa impressão de segurança e nos serve de esconderijo? Mas, será que, ao percebermos que vivíamos em um castelo feito de cartas de baralho e que podemos morar em um lindo castelo sólido de pedra, conseguimos abandonar e derrubar as cartas e nos aventurar a trilhar o caminho que nos levará até o castelo que representa nossa verdadeira morada?

É muito difícil abandonar a construção anterior, afinal de contas construímos com tanto afinco! Quando nosso ego se enreda na construção de uma grande ilusão, ao percebermos, é como se o chão começasse a ruir. Mas, somente derrubando as falsas bases da ilusão, é que conseguiremos ser realmente livres para construir as bases sólidas e firmes da verdade e do amor. Interessante ver como nos apegamos até mesmo às coisas ruins, que não queremos abandoná-las, mesmo sabendo que isso é fundamental. E, se observarmos, veremos que as situações que nos deixam em conflito interno tendem a se repetir ao longo dos dias. E o que acontece quando estas situações se repetem? Repetimos os mesmos padrões. Por que será que estas situações sempre se repetem? Será que não é para nos alertar e nos ensinar que precisamos mudar de atitude em relação a elas?

Imagine que queiramos chegar ao outro lado de um rio e o único caminho são as pedras na água. Olhamos desconfiados para a primeira pedra e arriscamos apoiar o primeiro pé, testando sua segurança. Quando confiamos que essa pedra nos servirá de base firme, firmamos os dois pés nela, mas já temos que olhar para a próxima pedra e repetir o mesmo procedimento, sempre deixando a pedra anterior para trás e entendendo que, sem ela, não teria sido possível chegar onde estamos. Mas o objetivo é atravessar o rio, não é mesmo? Então, ao mesmo tempo que cada pedra cumpriu sua função e foi importante nesse processo, devemos tentar alcançar a próxima e a próxima, até que consigamos chegar onde queríamos chegar.

Se observarmos, existem muitos exemplos na natureza que nos mostram que é preciso mudar. Além do exemplo da borboleta, temos o caso da lagosta, que vive tranquilamente no fundo do mar, protegida pela sua couraça dura e resistente. Mas, dentro da couraça, a lagosta continua a crescer. Ao final de um ano, a sua casa fica pequena e ela tem de enfrentar um grande dilema: permanecer dentro da couraça e morrer sufocada ou arriscar-se a sair de lá, abandonando-a, até que seu organismo crie uma nova couraça de proteção, de tamanho maior, que lhe servirá de proteção por mais um ano.

Vagando no mar sem a carapaça, a lagosta fica vulnerável aos muitos predadores que se alimentam dela. Mesmo assim, ela sempre prefere sair. Dentro da couraça, que se transformou em prisão, ela não tem nenhuma chance. Fora, sim.

Muitas vezes, ao longo da vida, nós nos fazemos prisioneiros das couraças que são os nossos hábitos repetitivos, os condicionamentos alienantes, as situações nas quais nos acomodamos, mas, que exauridas e desgastadas, nada mais têm para nos oferecer.

E acabamos, por falta de coragem de mudar, nos acostumando ao tédio de uma vida monótona que, fatalmente, como a velha couraça da lagosta, acabará por nos sufocar. Façamos como a lagosta: abandonemos a velha e apertada couraça e saiamos em busca de uma nova. Mesmo sabendo que, por algum tempo, estaremos desprotegidos ao enfrentarmos uma nova situação.

Abraçar o novo implica em abandonar o familiar, a rotina confortável e as expectativas usuais e lançar-se ao desconhecido. Implica em conhecermos nossos desejos mais profundos, nossa verdadeira identidade. Só assim seremos livres. Só assim conheceremos a verdade.

Toda mudança, contudo, nos traz um estresse, ou seja, criamos um problema ilusório que a mente acha que precisa resolver. Sim, os nossos pensamentos e convicções criam nossa realidade. Os problemas só existem dentro da mente, a verdadeira natureza dos nossos problemas são as sensações desagradáveis que sentimos e estas fazem parte somente da nossa mente. E, na verdade, o problema não existe. O que existe são as sensações que passamos a alimentar diante de um acontecimento e isso tudo faz parte de nossos apegos.

A vida é movimento onde tudo se transforma, tudo passa, tudo muda o tempo todo e cabe a nós aceitarmos e incorporarmos essas mudanças. Claro que isso não precisa ser radical, pois é necessário que respeitemos nossos limites. Antes mesmo, precisamos ampliar nossa consciência, e conhecer quais são os pensamentos, as atitudes, os hábitos que desejamos mudar. Crescer é um processo natural e conhecimento profundo não cabe em mentes rasas, portanto, se nosso conhecimento evolui a cada dia, porque não queremos largar nossas couraças?

A proposta aqui é que consigamos vislumbrar que a liberdade implica em abandonar velhos conceitos, as velhas muralhas que nos dão a falsa impressão de segurança. Que consigamos compreender e aceitar que, para que consigamos viver o novo de fato, é necessário abandonar o velho.

Voltando ao caso da lagarta, devemos seguir seu exemplo. Ao vislumbrar a borboleta que podemos nos tornar, o primeiro passo é aceitar e confiar. A partir daí, começamos a trabalhar para que a borboleta seja uma realidade; ou seja, precisamos nos entregar. E, nesse processo de entrega, devemos compreender que há um período de espera, de paciência, de vigília, onde nem sempre devemos sair por aí derrubando tudo de velho que havia dentro de nós, pois o processo é gradual. Ao observarmos o processo da lagarta e da borboleta, temos a impressão equivocada de que a transformação se deu de uma hora para a outra, mas a verdade é que houve toda uma preparação da lagarta, desde o momento em que ela nasceu, quando ela começou a comer muito para se preparar para a construção do casulo. O casulo foi construído e ela passa pela fase de espera, de paciência, de entrega. Só então, ela se alimenta e descarta o seu próprio casulo e arrisca abrir as suas assas pela primeira vez. Ele merece voar, porque soube a hora de atuar e soube também a hora de esperar.

Imagine que estejamos em um grande elevador panorâmico no centro de uma cidade. No primeiro andar, temos uma visão limitada, vemos algumas casas, lojas. Mas é seguro, afinal, estamos próximo ao chão. Conforme vamos atingindo andares superiores, vislumbramos o quanto a cidade é grande, quantas coisas diferentes há, e como tudo faz parte de um todo. Agora, podemos estabelecer que esse elevador panorâmico esteja inserido no contexto da nossa vida. Conforme ampliamos nossa consciência, ampliamos nosso conhecimento. Quantas coisas lindas passam a estar ao alcance dos nossos olhos? Quanta coisa aprendemos? A visão que tínhamos nos primeiros andares não importa mais, é passado. Agora que conhecemos muito mais, temos a oportunidade de fazer melhor a cada dia. Temos a oportunidade de sermos cada vez mais felizes, e nos libertarmos daquela visão limitada. Percebemos que há muito mais nos esperando se decidirmos subir através dos andares. Sempre lembrando que a subida acontece de andar em andar. É gradual e contínua, e exige coragem. Conhecer o que existe nos andares superiores só depende de nós mesmos.

O ser humano sofre constantemente porque criou uma imagem ilusória de como as pessoas precisam ser. Ele tem uma imagem do que é apropriado e do que não é. Ele tem uma imagem preconcebida de como o seu parceiro, os membros da sua família, seus amigos, o seu chefe e todos os outros devem se comportar para que sejam felizes.

Sente-se incapaz de se adaptar às mudanças constantes no seu universo, ao invés de se render a cada momento, e aceitar o fato de que o que está ao seu redor sempre mudará. Ele tende a encarar tudo pelo lado pessoal e perceber as coisas como inadequadas, como falta de cuidado ou falta de respeito.

Nós estamos tão apegados em receber a aprovação e o apoio de todos ao nosso redor, tão dependentes do modo como se comportam, que quando eles mudam, sofremos. Mas, voltando ao exemplo do elevador, eles escolhem ficar, permanecer nos primeiros andares da vida. Talvez tenham medo da altura! Mas você sabe que pode confiar. Cabe a você decidir se quer acompanhá-los ou conhecer os andares superiores.

O ser humano é tão apegado ao que possui, mas quando este se ilumina, ele percebe que a única liberdade está em se entregar a cada momento. Através da expansão da consciência, recebemos mais dádivas e ensinamentos do universo. Não existe certo ou errado. Existe aquilo que cumpre o propósito de onde se quer chegar. Tudo simplesmente é, e nós todos estamos criando com perfeição, para experimentar a vida com toda sua controvérsia e magia.

As mudanças incomodam porque nos tiram da zona de conforto. Porque nos vemos obrigados a abandonar velhos conceitos, mas elas são necessárias! E elas acontecem de dentro para fora. Já que nós criamos nosso próprio universo, então façamos as nossas escolhas de maneira que caminhemos rumo ao que queremos ser. E, através da verdadeira mutação interna, transformaremos o nosso universo em um universo perfeito, porque, assim como a lagarta nasceu para voar, nascemos para ser livres e felizes.

Juliana Kurokawa

 

TAGS: empreender, crise, marketing de rede, MMN, oportunidade de trabalho, trabalhar em casa, currículo, desemprego, negócio do século XXI, jeunesse, estilo de vida

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Jorge Castro comentou em: 12/02/2017 13:31

 

Desemprego no Brasil é o 7º maior do mundo em ranking com 51 países

 

Taxa desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em julho.
África do Sul e Espanha lideram ranking elaborado pela Austin Rating.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

A taxa de desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em julho e atingiu o maior nível já registrado pela série histórica da Pnad Contínua do IBGE, que teve início em janeiro de 2012. Com isso, o desemprego no Brasil é o 7º maior do mundo em termos percentuais, junto com a Itália, segundo ranking global elaborado pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating.

O ranking compara os últimos índices oficiais de 51 países e inclui apenas países que divulgaram dados sobre desemprego referentes a junho ou julho.

30/08/2016 09h18 - Atualizado em 30/08/2016 09h18

Desemprego no Brasil é o 7º maior do mundo em ranking com 51 países

Taxa desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em julho.
África do Sul e Espanha lideram ranking elaborado pela Austin Rating.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

A taxa de desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em julho e atingiu o maior nível já registrado pela série histórica da Pnad Contínua do IBGE, que teve início em janeiro de 2012. Com isso, o desemprego no Brasil é o 7º maior do mundo em termos percentuais, junto com a Itália, segundo ranking global elaborado pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating.

O ranking compara os últimos índices oficiais de 51 países e inclui apenas países que divulgaram dados sobre desemprego referentes a junho ou julho.

Gráfico - desemprego por países (Foto: G1)

Pelo ranking, o desemprego no Brasil só perde para o registrado na África do Sul (26,6%), Espanha (19,9%), Montenegro (17,3%), Jordânia (14,7%), Croácia (13,3%) e Chipre (11,7%).

A taxa de desocupação brasileira supera a da zona do euro (10,1%) e também a de países como Ucrânia (10,3%), Colômbia (8,9%) Rússia (5,3%), China (4%) e México (4%). Veja lista completa mais abaixo.

Segundo o IBGE,pessoas em julho. No acumulado nos 7 primeiros meses de 2016, o país perdeu 623 m a população desocupada no Brasil chegou a 11,8 milhões de iempregos formaisl . Julho foi o 16º mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada.

 

"Podemos dizer que há no Brasil um Uruguai inteiro desempregado sem carteira assinada", afirma o economista-chefe da Austin Ratin, Alex Agostini, citando o total de 1,6 milhão de vagas perdidas em 2015 e a projeção de fechamento de outros 1,8 milhão de postos de trabalho em 2016.

Desemprego deve subir ainda mais
Para o economista, a tendência é que a taxa de desemprego continue a crescer – a Austin projeta uma taxa de 12,5% até dezembro – e que o Brasil suba posições no ranking até o final do ano. "É possível que o Brasil supere a Itália. A tendência é que o desemprego ainda continue crescendo porque a atividade econômica do Brasil ainda não chegou no fundo do poço", avalia.

Ele destaca que o processo de retomada da economia deverá ser lento e que o mercado de trabalho ainda vai demorar algum tempo para se recuperar e voltar a contratar em razão do elevado nível de ociosidade produzido pelo segundo ano consecutivo de recessão.

"Mesmo que os indicadores de confiança e intenção de investimentos já estejam demonstrando melhora, o processo de contratação de mão de obra só deverá ocorrer na medida em que o nível de utilização da capacidade instalada se recupere e atinja
os níveis observados na primeira metade de 2014. E, muito provavelmente, isso só deve acontecer entre o final de 2017 e início de 2018", afirma Agostini.

Projeções com base nas estimativas do mercado para o PIB (Produto Interno Bruto), apontam que só a partir de 2021 o Brasil deverá recuperar o nível de estoque de empregos formais do final de 2014, conforme reportagem publicada pelo G1.

Desemprego pelo mundo
Segundo o ranking, a taxa média de desemprego nos 51 paises analiados está em 7,4%. A maior é a da África do Sul (26,6%) e a menor a da Tailândia (1%).

"A África do Sul tem problemas econômicos profundos e teve, mais recentemente, problemas muito parecidos com os do Brasi, inclusive passou por um processo de impeachment (o presidente Jacob Zuma foi absolvido pelo parlamento). Estava crescendo muito anos atrás, mas sem estrutura, o que acabou gerando inflação, desequilíbrio fiscal, aumento da desconfiança e mais desemprego", explica Agostini.

Do top 10 do ranking, 6 são países da Europa. "Países como Itália e Espanha ainda sofrem as consequências da crise financeira de 2008 e 2009 e passam por um recuperação mais lenta por se tratar de economias mais frágeis do que uma França ou Alemanha", acrescenta.

Sobre a ausência da Argentina no ranking, o economista explica que os dados oficiais do país vizinho ainda são alvo de questionamentos, uma vez que ainda não foram auditados e que institutos independentes divulgam números diferentes. "Mas com certeza estão muito próximos aos do Brasil", afirma Agostini.

No último dia 23 de agosto, o instituto oficial de estatísticas da Argentina, em seu primeiro relatório sobre desemprego durante o governo de Mauricio Macri, informou que a taxa de desocupação no pais ficou em 9,3% no segundo trimestre.

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que os jovens estão entre os mais atingidos pelo desemprego no mundo. A entidade estima que o índice mundial de desemprego na faixa entre 15 e 24 anos deve atingir 13,1% em 2016, contra 12,9% em 2015, o que corresponderá a um aumento de meio milhão de pessoas. Com isso, o desemprego deve se aproximar do nível recorde batido em 2013, que foi de 13,2%.


Ranking global de desemprego
(Base: Jun-Jul/2016)

1º    África do Sul: 26,6%
2º    Espanha: 19,9%
3º    Montenegro: 17,3%
4º    Jordânia: 14,7%
5º    Croácia: 13,3%
6º    Chipre: 11,7%
7º    Brasil: 11,6%
7º    Itália: 11,6%
8º    Eslovênia: 10,8%
9º  Ucrânia: 10,3%
10º  França: 9,9%
11º  Eslováquia: 9,4%
12º  Colômbia: 8,9%
13º  Polônia: 8,6%
14º  Marrocos: 8,6%
15º  Bélgica: 8,5%
16º  Irlanda: 8,3%
17º  Bulgária: 8,2%
18º  Áustria: 8,0%
19º  Finlândia: 7,8%
20º  Lituânia: 7,8%
21º  Peru: 7,1%
22º  Canadá: 6,9%
23º  Chile: 6,9%
24º  Luxemburgo: 6,4%
25º  Romênia: 6,4%
26º  Suécia: 6,3%
27º  Alemanha: 6,1%
28º  Filipinas: 6,1%
29º  Holanda: 6,0%
30º  Austrália: 5,7%
31º  República Tcheca: 5,4%
32º  Rússia: 5,3%
33º  Hungria: 5,1%
34º  Estados Unidos: 4,9%
35º  Noruega: 4,8%
36º  Israel: 4,7%
37º  Dinamarca: 4,2%
38º  China: 4,0%
39º  Taiwan: 4,0%
40º  México: 4,0%
41º  Coréia do Sul: 3,5%
42º  Hong Kong: 3,4%
43º  Malásia: 3,4%
44º  Suíça: 3,1%
45º  Japão: 3,1%
46º  Islândia: 2,9%
47º  Quirguistão: 2,3%
48º  Cingapura: 2,1%
49º  Macau: 1,9%
50º  Tailândia: 1,0% 
Fonte: Austin Rating

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Jorge Castro comentou em: 12/02/2017 13:34

 

Muitas vezes, o que precisamos é de apenas uma oportunidade.

 

“Acho que a base do sucesso em qualquer atividade está primeiro em se ter uma oportunidade, que geralmente aparece não porque você cria o momento, mas porque alguém chega e abre uma porta.”

 

Ayrton Senna

 

E se o Neymar, que veste hoje a camisa 10 da seleção brasileira, não tivesse tido uma oportunidade no Santos quando ainda era adolescente? E se Mark Zuckberg, o criador do Facebook, não tivesse tido a acesso a um computador na sua infância? E se o famoso cientista Albert Einstein não tivesse frequentado boas escolas quando era criança?

Os três exemplos, em suas áreas de atuação, são pessoas acima da média e de talento indiscutível. Mas se não tivessem tido oportunidades talvez não teriam chegado tão longe como chegaram. Quantas pessoas extremamente talentosas não tiveram reconhecimento simplesmente porque não tiveram oportunidades?

Refleti bastante sobre esse assunto após ver uma publicação da frase de Ayrton Senna que está no início desse texto. Uma declaração humilde daquele que foi, na minha opinião e de muitos, o maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos e que só chegou onde chegou porque teve oportunidades. E isso vindo de um piloto que muitas vezes correu em carros inferiores aos de seus adversários e mesmo assim foi vitorioso.

Acredito que esse é o principal desafio da nossa sociedade: criar oportunidades para todos. Na Educação, por exemplo, é fundamental melhorarmos a qualidade para que todos tenham acesso a oportunidade iguais de desenvolverem seus talentos. Isso vale para todas as áreas: esporte, cultura, ciência e, inclusive, a política.

Neste campo, acho que precisamos decidir se vamos tentar dar oportunidades para gente nova ou se vamos continuar votando em quem já as teve e não aproveitou.

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