Leonardo Assad Aoun comentou em: 19/07/2018 16:36

Sentir cheiro de café pode ser o suficiente para colocar o cérebro para funcionar

Pesquisa descobriu que estudantes expostos ao cheiro se saíram consideravelmente melhor em teste de matemática, com espécie de efeito placebo

PESQUISA DESCOBRIU ESPÉCIE DE EFEITO PLACEBO COM AROMA DO CAFÉ (FOTO: PEXELS)

ue uma xícara de café traz benefícios para a saúde física e mental não é novidade. Mas uma pesquisa realizada nos Estados Unidos chegou à conclusão que o simples aroma do café pode ser o suficiente para trazer alguns desses benefícios sem que seja necessária a ingestão da bebida, queridinha dos brasileiros.

Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia Stevens, em Nova Jersey, separaram 114 estudantes em dois grupos que responderam a um questionário de matemática. Um deles foi exposto ao cheiro de café durante a realização do teste—e tiveram notas consideravelmente mais altas do que o outro grupo.

A pesquisa chegou à conclusão que somente sentir o cheiro da bebida pode ser o suficiente para, de alguma forma, despertar o cérebro dos estudantes. A hipótese é que seria um resultado similar ao efeito placebo.

O aroma que foi usado durante os testes, vale dizer, era livre de cafeína e 70% do grupo exposto afirmou ter notado o cheiro enquanto realizava o teste.

“Eles [estudantes] pensaram que poderiam se sair melhor, e nós demonstramos que essa expectativa estava relacionada à melhora na performance”, afirma a líder da pesquisa professora Adriana Madzharov em comunicado.

Uma segunda etapa do estudo envolveu um questionário. Mais de 200 participantes foram perguntados sobre como reagiriam a cheiros diferentes. Eles disseram que o aroma de café, por exemplo, deveria deixá-los mais alertas em comparação a outros, como de flores, por exemplo.

A professora Madzharov lembra o poder do olfato. “Empregadores, arquitetos, gerentes de varejo e outros podem usar aromar sutis para ajudar a controlar a experiência de trabalhadores ou visitantes nesses ambientes”, afirma.

O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Enviromental Psychology.

Fonte: Época Negócios

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