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T Ó P I C O : Dentista larga consultório, muda de vida e vira cafeicultor em MG: 'Foi uma necessidade'

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Dentista larga consultório, muda de vida e vira cafeicultor em MG: 'Foi uma necessidade'


Autor: Leonardo Assad Aoun

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1 comentários

Último comentário neste tópico em: 27/04/2017 12:44:12


Leonardo Assad Aoun comentou em: 25/04/2017 07:17

 

Dentista larga consultório, muda de vida e vira cafeicultor em MG: 'Foi uma necessidade'

 

Produtor rural em Machado há 40 anos, Edson Figueiredo Vieira teve que optar e largar ex-carreira para se dedicar à sucessão no campo

Por Lucas Soares, G1 Sul de Minas, Machado, MG

Cafeicultor largou consultórios para cuidar da propriedade do sogro há 40 anos em Machado (Foto: Lucas Soares)
Cafeicultor largou consultórios para cuidar da propriedade do sogro há 40 anos em Machado (Foto: Lucas Soares)

paixão de quem cultiva o café na lavouras pode vir de várias formas. Na maioria das vezes, passa de geração em geração dentro das famílias. Em outros casos, vem de um pequeno empurrão dado pela vida. Foi o que aconteceu com ex-dentista Edson Figueiredo Vieira, que resolveu mudar de vida, deixou os consultórios e foi morar no campo, para se tonar um produtor rural.

"Não foi bem eu que larguei, eu não posso dizer isso, senão meus ex-clientes vão ficar tristes comigo. Mas ali foi uma necessidade de opção. Quando meu sogro faleceu, essa propriedade era grande para a época e eu não tinha como conciliar a profissão de odontologia com a roça. Naquele tempo eu era moço, a gente punha (sic) a mão na massa. Aí chegar com a mão toda estragada para cuidar dos pacientes, não tinha como, foi assim que eu fui largando a profissão", conta Vieira.

De lá pra cá, muita coisa mudou, inclusive a rotina de trabalho. Edinho, como é conhecido na cidade, diz que tem saudade dos tempos de odontologia, quando a vida era mais "tranquila".

E quem conhece Edinho diz que ele não para. É o tempo todo pra cima e pra baixo para resolver os assuntos da fazenda. A rotina de trabalho começa cedo. Vai desde que o sol nasce até a hora em que ele começa a ir embora, depende da quantidade de afazeres. Há 40 anos no campo, Edinho conta que aos poucos a vida do cafeicultor foi ficando mais "fácil", por causa do avanço da tecnologia.

"A cafeicultura ficou até mais favorável. Você não tem mão de obra como tinha antigamente, mas também teve muitas melhorias como máquinas, defensivos agrícolas, herbicidas, novas tecnologias de espaçamento, ficou muito favorável", diz Edinho.

Produtores apostam em diversificação para melhorar renda e aproveitar áreas em Machado (Foto: Lucas Soares)

Produtores apostam em diversificação para melhorar renda e aproveitar áreas em Machado (Foto: Lucas Soares)

 

Diversificação para sobrevivência

 

A fazenda de Edinho é um exemplo de como o produtor pode diversificar para não depender apenas de uma só cultura ao longo do ano. Além do café, o produtor cria suínos, produz leite, cultiva soja, milho, banana, sorgo e até aveia. O objetivo é aproveitar ao máximo a área existente e também ter opção para manter a renda durante o ano inteiro.

"Já mexemos com gado holandês puro, que hoje já não existe mais pra gente, mas a gente faz a pecuária extensiva dentro do que tem. Tira o leite, insemina do jeito que pode, é pouco, mas é bem zelado, uma coisa rústica mesmo, simples", conta o produtor.

Segundo o engenheiro agrônomo da Cooperativa Agrária de Machado (Coopama), José Pinheiro Lourenço, nos últimos 10 anos, os produtores de café da região também passaram a se dedicar ao cultivo de cereais como alternativa de renda.

Produtores apostam na diversificação no campo, aliando café com áreas de sorgo (ao centro) e soja posteriormente (Foto: Lucas Soares)

Produtores apostam na diversificação no campo, aliando café com áreas de sorgo (ao centro) e soja posteriormente (Foto: Lucas Soares)

"Na região de Machado, até 10, 12 anos atrás, a agricultura era basicamente leite e café, pequenos produtores de leite e 90% da renda das propriedades eram de café. De 10 anos pra cá, hoje nós estamos produzindo soja, milho e trigo, que é uma novidade para a região. Nós produzimos uma quantidade razoável de feijão. Isso não só para sobrevivência, mas para aproveitamento de aéreas, porque se você ficar preso somente à cafeicultura, quando você tem épocas de crise, de preços muito baixos, a coisa fica muito difícil", diz o agrônomo.

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LUÍS AMÉRICO PASETO comentou em: 27/04/2017 09:37

 

CONGRATULAÇÕES

 

PARABÉNS AO CAFEICULTOR PELA PERSEVERANÇA, SAUDAÇÕES AO NOBRE AMIGO E GRANDE "PINHEIRO" PELA ABNEGAÇÃO E DEDICAÇÃO A NOSSA CAFEICULTURA. ABRAÇOS E SUCESSO SEMPRE.  

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